Caso você seja um leitor jovem que ainda está vivendo sua infância despreocupadamente. Ou seja um adolescente com tempo livre para aproveitar. Talvez não consiga perceber que estamos vivendo tempos terríveis em relação à criatividade nos meios de entretenimento. Boa parte do que lemos, assistimos ou jogamos são coisas velhas adaptadas aos dias atuais ou carregadas de um saudosismo viciado que beneficia mais quem vende, do que quem consome esses produtos.
Pra piorar tudo, estamos atravessando uma época de declínio grotesco na cultura ocidental em que até aquilo que é feito para distrair, vem abarrotado de uma carga brutal de influências ao público alvo.
É justamente por tentar manter minha visão atenta ao máximo que procuro não ignorar traços desta nova onda que toma espaço, se esgueirando da maneira mais insidiosa no ramo que mais me agrada: os quadrinhos.
E é claro que os quadrinhos voltados para crianças e adolescentes estariam na mira de criadores dissimulados e virulentos. Tendo em vista que fazer a cabeça de pessoas novas que não tem opinião formada e fazê-los se guiarem por noções duvidosas é bem mais fácil.
E é com a certeza de que essa iniciativa da Marvel, DC e demais editoras vem se expandindo, que resolvi falar sobre o assunto. Até porque se não houver outras ideias que não sejam as dos redatores de sites grandes e tendenciosos (como o Omelete, Judão, Terra Zero e outros pastiches) os leitores vão pensar que todo mundo é unânime a essa imundice que estas mesmas editoras vem fazendo.
Por conta disso, aqui vai alguns passos para elaborar um "campeão moderno":
1 º Passo: O Bobo da Corte "Representativo".
Um truque usado com frequência pelos artistas é o de criar heróis engraçadinhos, jovens e inexperientes. Isso faz com que as crianças se identifiquem imediatamente, pois, essas figuras são facilmente associadas aos Gokus, Narutos e Luffys da vida que vemos nos mangás. Como já disse antes elas não percebem que seus heróis podem ser usados para influenciar suas ideias desde cedo. E isso dá ao criador uma oportunidade de entupir a cabeça de uma geração inteira do mais puro lixo proselitista que se pode imaginar.
São pré-adolescentes, que só compram quadrinhos pelas lutas, poderes incríveis, ação e diversão e levam de brinde uma cartilha politicamente-correta com noções de gênero, lutas de classes, confrontos de vertentes políticas (nos quais os editores e equipes criativas fazem questão de deixar claro qual lado que "deve ser defendido"), incitam engajamentos ideológicos e direcionam o leitor através de um lamaçal de obras de baixa cultura. Ou pra usar de linguagem menos empolada: uma lavagem de porco feita para emburrecê-los!
É preciso dar a devida responsabilidade a quem trabalha diariamente para que toda essa doutrinação escrota chegue aos olhos de quem não possui defesa contra ela: os empresários, os editores, escritores, desenhistas e demais funcionários dessa indústria.
A editora Marvel, por exemplo, sempre se mostrou inclinada à esquerda. Mas hoje em dia ela vem aumentando o volume da própria imbecilidade e resolveu transformar seus personagens em bandeiras de militâncias e causas. O exemplo mais bem sucedido de herói que nem precisou ser "convertido" às causas defendidas pela casa das ideias deturpadas (mesmo porque ela foi criada com esse propósito) é a nova Ms. Marvel: Kamala Khan.
2º Passo: Uma simpatia de dar embrulho...
Não há como negar que a característica que sempre chamou a atenção de crianças ao se depararem com uma história em quadrinhos desde o início deste ramo é o entusiasmo pela ação. Dos personagens mais infantis e caricatos até os guerreiros mais violentos e cheios de pose, os que fizeram mais sucesso entre os leitores abaixo dos quinze anos foram os mais combativos, aqueles que se envolvem em lutas com maior frequência. Por esse motivo os heróis dos quadrinhos servem de veículo perfeito para transmitir mensagens.
Kamala Khan foi criada pelos editores Sana Amanat e Stephen Wacker para ser a primeira personagem muçulmana da Marvel. Ela é desligada, desbocada, tímida e ao mesmo tempo ousada, é animada como as garotas da sua idade, atrapalhada e admira suas amigas descoladas do colégio. Apesar de ser desprezada pelas mesmas, sofrendo bullying por causa de sua origem, faz a política da boa vizinhança e tenta manter-se amiga delas. Kamala chegou a ser usada numa campanha pela luta contra o ódio aos imigrantes em São Francisco. Justo defender o combate ao ódio irracional, mas a Marvel se deu conta de que ela é UMA EDITORA DE COMICS e não uma gráfica de panfletos anti-xenofobia?
Quem leu este texto até aqui pode pensar que se trata de rabugice ou paranoia julgar tipos infanto-juvenis como se fossem figuras de obras adultas de autores célebres e dotados de uma dialética profundamente psicológica. E que não faria sentido analisá-los de uma forma séria. Mas eu tenho a mais plena e concreta noção de que esses personagens não foram criados para mim: leitor velho e capaz de discernir ideias inocentes de ideias nocivas. Sei que os novos ídolos das editoras (ou aqueles que foram renovados para o leitor jovem) são para um nicho iniciante dentro desse mercado.
E é por esse motivo que posso afirmar que heroínas como Kamala são o que existe de mais podre e reprovável na sorte de estratégias usadas para que essa audiência engula heróis com características como as citadas acima. Disfarçar uma lavagem cerebral debaixo de simpatia e carisma forçados. Descaracterizar figuras com origem e evolução definidas por décadas de trabalho competente de artistas do mais alto calibre. Tudo em nome de uma necessidade de impor pontos de vista mesquinhos. É desse tipo de cretinice e falta de vergonha que muitos nomes de peso como Brian Michael Bendis vem se orgulhando.
3º Passo: Construindo o moral de um palhaço.
Como fazer com que alguém acreditar que a Garota Esquilo pode ser durona? Simples! Faça com que ela enfrente vilões ou heróis que notoriamente varreriam o chão com a cara de retardada dela e você tem um currículo artificial pronto para convencer qualquer idiota. Me custa acreditar que um sujeito brilhante como Steve Ditko teve parte na criação dessa aberração ridícula. Cujos poderes são (além de capacidades físicas ampliadas) controlar esquilos e imitar sons de esquilos (!!!).
Por algum motivo, a Marvel achou interessante trazê-la de volta. Afinal ela foi criada em 1992 e foi resgatada recentemente. Não basta a editora destruir suas principais marcas, ela ainda se esforça em revirar a própria lixeira. As tramas são bisonhas e dignas de pena como as aparições de Barack Obama nas revistas do aranha.
Outro meio bastante comum é fazer com que um herói patético e sem histórico apareça ao lado de vários outros consagrados. Assim os leitores vão pensar: "nossa! olhe ao lado de quem ele está lutando" ou "esse cara deve ser bem importante".
Vimos isso desde o início das histórias da nova Ms. Marvel, quando já se indicava que ela lutaria ao lado de Wolverine. Depois disso ela só aumentou seu número de parcerias na busca desesperada por uma evidência construída na base do mais puro alpinismo moral. E isso vindo de uma menina que tem o tosco poder de aumentar de tamanho, esticar e fazer crescer membros.
Também é possível fazer com que aja um acréscimo de "presença" numa personagem medíocre fazendo com que ele "rompa" com a hierarquia entre os da sua categoria. Como foi o caso do grupo Campeões, onde a mesma Kamala aparece numa arte promocional do título queimando sua carteirinha de membro juvenil dos Vingadores. Dando a falsa ideia de que são "independentes e possuem uma visão atual de super-heroísmo", em detrimento aos "velhos mandões e chatos" dos Vingadores. Coisa de aborrescente...
4º Passo: "O mundo mudou!" E as ideias mudaram pra pior!
Não posso imaginar uma frase mais moloide e boçal que: "o mundo mudou". Está na boca de 100% dos palermas que acreditam que hq's devem adotar discursos ideológicos. Talvez "aceita que dói menos" chegue a superá-la. Afinal é tão cretina quanto. O que percebo é que o nível de conhecimento por parte dos que defendem essa deturpação é baixíssimo. Mas o que se pode esperar de um bando de analfabetos que tiveram sua instrução política moldada via Facebook?
Essa gente está feliz em amparar uma prática suja de editoras que não estão interessadas em contar histórias, mas moldar a mente dos consumidores. Embarcam na onda de imbecilização de personagens. Seria compreensível se estivéssemos falando de novatos nos quadrinhos, mas são leitores experientes assinando embaixo dessas cagadas que as editoras fazem.
Não existe argumento bom o suficiente capaz de me convencer de que: jogar fora criações que já acumulam décadas de cronologia, que tem peso como obras de entretenimento. que representam nomes conhecidos em todo o mundo por avatares de causas em forma de heróis de quinta categoria é uma boa ideia.
Esses novos heróis são ruins, sem criatividade. Pegam carona na competência de outros. São postos para substituir e acabam sempre sendo piores que os originais. São ineptos, burros, cheios de problemas fúteis. Estão lá pra refutar algo que não pode ser refutado, porque não tem capacidade para tanto. Desafiam heróis aclamados sem a devida grandeza para isso, bancando os representantes de um futuro "moderno", que de moderno não tem nada.
A função desses moleques sem moral e sem inteligência nunca é claramente definida. Sabe-se somente que estão aqui para mostrar que são melhores e mais "antenados" com os supostos valores da juventude atual. Não seja tímido nessa hora! Traduza essa baboseira moderninha por: "bando de imbecis sem noção, mas falsamente munidos de uma grande consciência social". Uma leva lamentável de incapazes e cabeças-de-vento.
Falando dessa maneira, parece que nenhum personagem criado pode ser engraçado. Ou feito para crianças e adolescentes. Ou que sou contra histórias em quadrinhos despretensiosas de aventura e humor. Mas os quadrinhos dessas editoras estão infestados de conceitos estranhos ao público infanto-juvenil! Conceitos estes colocados lá de propósito por adultos irresponsáveis e notavelmente mal-intencionados! Por que deveríamos considerar que são inofensivos só por ser feitos para crianças?
5º Passo: Sai o velho, entra o mais velho ainda...
O senso comum de que trocar algo antigo pelo novo produz um efeito de melhora instantânea é totalmente estúpido. Recentemente a DC Comics apresentou seu pavoroso Superman Chinês. Claro agora temos um superman vestido com roupa vermelha e estrelas representando a bandeira comunista (pra variar, um completo idiota). Já vi mais sutileza em outros tempos dentro dessa editora...
A Coelha Branca é a pior inimiga do Batman já criada. Trata-se de uma mulher vestindo um corpete, calcinha, luvas e meias longas e que aparenta não ter mais nada que explique sua função de vilã. O Batman também sofreu nas mãos de roteiristas preguiçosos recentemente. Ele apareceu com uma armadura parecendo um robô japonês com orelhas de coelho. Depois se descobriu que não era nem mesmo Bruce Wayne que estava dentro dela e sim outro personagem. Uma piada de mal-gosto.
Aquaman, nas mãos de Geof Johns teve seu momento vergonha alheia com o Aquadog. E se levarmos levarmos em conta o resultado dos novos 52, não é difícil notar que durante seu período surgiram indivíduos dos mais descartáveis. A prova disso é a nova Batgirl que não é exatamente um modelo de inteligência.
Se a DC está lotada de personagens fracos remanescentes desse evento dantesco imagine a situação da Marvel?
O Thor não é mais digno do Mjolnir e agora uma mulher ocupa seu lugar. O Hulk, Barbie-de-academia, Amadeus Cho estrela o título de Bruce Banner com o aval do mesmo (fazer com que o antigo "aprove" o novo é uma manobra manjada também). Um Capitão América envelhecido tendo que ver seu uniforme sendo usado por um substituto. O Homem-de-Ferro perdeu a vontade de vestir a armadura e deu lugar à "diversidade" cedendo espaço a Riri Williams. O quarteto catapultado para fora do universo da editora por pura birra com a Fox. Os X-men, bem, os X-men estão uma zona desde sempre! O Homem-Aranha tem que conviver com uma tropa de clones piores do que os da saga dos anos 90, com cópias femininas, robô, grávidas, multi-nacionalidades, versões de universos e tempos diferentes. Uma bagunça de fazer chorar!
Existem ainda dezenas de alterações, rejuvenescimentos, cópias do passado (e do futuro, talvez?), alguns assumindo papéis nas mais variadas causas, mortes, revezamento de uniformes entre inúmeras barbeiragens.
Depois de tudo que foi escrito aqui as perguntas que devem ser feitas são: como podemos acreditar que esses heróis terão um tratamento decente daqui pra frente? Quando esse show de horrores vai acabar? Os leitores mais novos vão perceber, enfim, o estrago grotesco que esses personagens estão sofrendo? Impossível responder. Mas pode ter certeza de uma coisa: as ideias por trás dessas mudanças são infinitamente mais velhas do que o tempo de estrada que esses personagens tem. Jogando por terra o embuste grosseiro de que se tratam de "novas visões".
A única certeza que tenho é a de que se temos hoje um verdadeiro circo dentro das editoras, onde vale destruir a principal matéria-prima das hq's que são seus heróis, nem eu nem você devemos apoiar essa degradação vexatória! Nos resta ignorar e esperar por um sinal de ordem em meio a esse espetáculo desgastante. Afinal de contas, palhaços só podem ganhar atenção se houver uma plateia para aplaudi-los.
Pra piorar tudo, estamos atravessando uma época de declínio grotesco na cultura ocidental em que até aquilo que é feito para distrair, vem abarrotado de uma carga brutal de influências ao público alvo.
É justamente por tentar manter minha visão atenta ao máximo que procuro não ignorar traços desta nova onda que toma espaço, se esgueirando da maneira mais insidiosa no ramo que mais me agrada: os quadrinhos.
E é claro que os quadrinhos voltados para crianças e adolescentes estariam na mira de criadores dissimulados e virulentos. Tendo em vista que fazer a cabeça de pessoas novas que não tem opinião formada e fazê-los se guiarem por noções duvidosas é bem mais fácil.
E é com a certeza de que essa iniciativa da Marvel, DC e demais editoras vem se expandindo, que resolvi falar sobre o assunto. Até porque se não houver outras ideias que não sejam as dos redatores de sites grandes e tendenciosos (como o Omelete, Judão, Terra Zero e outros pastiches) os leitores vão pensar que todo mundo é unânime a essa imundice que estas mesmas editoras vem fazendo.
Por conta disso, aqui vai alguns passos para elaborar um "campeão moderno":
Young Avengers |
Um truque usado com frequência pelos artistas é o de criar heróis engraçadinhos, jovens e inexperientes. Isso faz com que as crianças se identifiquem imediatamente, pois, essas figuras são facilmente associadas aos Gokus, Narutos e Luffys da vida que vemos nos mangás. Como já disse antes elas não percebem que seus heróis podem ser usados para influenciar suas ideias desde cedo. E isso dá ao criador uma oportunidade de entupir a cabeça de uma geração inteira do mais puro lixo proselitista que se pode imaginar.
São pré-adolescentes, que só compram quadrinhos pelas lutas, poderes incríveis, ação e diversão e levam de brinde uma cartilha politicamente-correta com noções de gênero, lutas de classes, confrontos de vertentes políticas (nos quais os editores e equipes criativas fazem questão de deixar claro qual lado que "deve ser defendido"), incitam engajamentos ideológicos e direcionam o leitor através de um lamaçal de obras de baixa cultura. Ou pra usar de linguagem menos empolada: uma lavagem de porco feita para emburrecê-los!
É preciso dar a devida responsabilidade a quem trabalha diariamente para que toda essa doutrinação escrota chegue aos olhos de quem não possui defesa contra ela: os empresários, os editores, escritores, desenhistas e demais funcionários dessa indústria.
A editora Marvel, por exemplo, sempre se mostrou inclinada à esquerda. Mas hoje em dia ela vem aumentando o volume da própria imbecilidade e resolveu transformar seus personagens em bandeiras de militâncias e causas. O exemplo mais bem sucedido de herói que nem precisou ser "convertido" às causas defendidas pela casa das ideias deturpadas (mesmo porque ela foi criada com esse propósito) é a nova Ms. Marvel: Kamala Khan.
Kamala Khan |
Não há como negar que a característica que sempre chamou a atenção de crianças ao se depararem com uma história em quadrinhos desde o início deste ramo é o entusiasmo pela ação. Dos personagens mais infantis e caricatos até os guerreiros mais violentos e cheios de pose, os que fizeram mais sucesso entre os leitores abaixo dos quinze anos foram os mais combativos, aqueles que se envolvem em lutas com maior frequência. Por esse motivo os heróis dos quadrinhos servem de veículo perfeito para transmitir mensagens.
Kamala Khan foi criada pelos editores Sana Amanat e Stephen Wacker para ser a primeira personagem muçulmana da Marvel. Ela é desligada, desbocada, tímida e ao mesmo tempo ousada, é animada como as garotas da sua idade, atrapalhada e admira suas amigas descoladas do colégio. Apesar de ser desprezada pelas mesmas, sofrendo bullying por causa de sua origem, faz a política da boa vizinhança e tenta manter-se amiga delas. Kamala chegou a ser usada numa campanha pela luta contra o ódio aos imigrantes em São Francisco. Justo defender o combate ao ódio irracional, mas a Marvel se deu conta de que ela é UMA EDITORA DE COMICS e não uma gráfica de panfletos anti-xenofobia?
Quem leu este texto até aqui pode pensar que se trata de rabugice ou paranoia julgar tipos infanto-juvenis como se fossem figuras de obras adultas de autores célebres e dotados de uma dialética profundamente psicológica. E que não faria sentido analisá-los de uma forma séria. Mas eu tenho a mais plena e concreta noção de que esses personagens não foram criados para mim: leitor velho e capaz de discernir ideias inocentes de ideias nocivas. Sei que os novos ídolos das editoras (ou aqueles que foram renovados para o leitor jovem) são para um nicho iniciante dentro desse mercado.
E é por esse motivo que posso afirmar que heroínas como Kamala são o que existe de mais podre e reprovável na sorte de estratégias usadas para que essa audiência engula heróis com características como as citadas acima. Disfarçar uma lavagem cerebral debaixo de simpatia e carisma forçados. Descaracterizar figuras com origem e evolução definidas por décadas de trabalho competente de artistas do mais alto calibre. Tudo em nome de uma necessidade de impor pontos de vista mesquinhos. É desse tipo de cretinice e falta de vergonha que muitos nomes de peso como Brian Michael Bendis vem se orgulhando.
A Garota Esquilo enfrentando Wolverine, Dr. Destino e Thanos. |
Como fazer com que alguém acreditar que a Garota Esquilo pode ser durona? Simples! Faça com que ela enfrente vilões ou heróis que notoriamente varreriam o chão com a cara de retardada dela e você tem um currículo artificial pronto para convencer qualquer idiota. Me custa acreditar que um sujeito brilhante como Steve Ditko teve parte na criação dessa aberração ridícula. Cujos poderes são (além de capacidades físicas ampliadas) controlar esquilos e imitar sons de esquilos (!!!).
Por algum motivo, a Marvel achou interessante trazê-la de volta. Afinal ela foi criada em 1992 e foi resgatada recentemente. Não basta a editora destruir suas principais marcas, ela ainda se esforça em revirar a própria lixeira. As tramas são bisonhas e dignas de pena como as aparições de Barack Obama nas revistas do aranha.
Outro meio bastante comum é fazer com que um herói patético e sem histórico apareça ao lado de vários outros consagrados. Assim os leitores vão pensar: "nossa! olhe ao lado de quem ele está lutando" ou "esse cara deve ser bem importante".
Vimos isso desde o início das histórias da nova Ms. Marvel, quando já se indicava que ela lutaria ao lado de Wolverine. Depois disso ela só aumentou seu número de parcerias na busca desesperada por uma evidência construída na base do mais puro alpinismo moral. E isso vindo de uma menina que tem o tosco poder de aumentar de tamanho, esticar e fazer crescer membros.
Também é possível fazer com que aja um acréscimo de "presença" numa personagem medíocre fazendo com que ele "rompa" com a hierarquia entre os da sua categoria. Como foi o caso do grupo Campeões, onde a mesma Kamala aparece numa arte promocional do título queimando sua carteirinha de membro juvenil dos Vingadores. Dando a falsa ideia de que são "independentes e possuem uma visão atual de super-heroísmo", em detrimento aos "velhos mandões e chatos" dos Vingadores. Coisa de aborrescente...
A nova Batgirl. |
Não posso imaginar uma frase mais moloide e boçal que: "o mundo mudou". Está na boca de 100% dos palermas que acreditam que hq's devem adotar discursos ideológicos. Talvez "aceita que dói menos" chegue a superá-la. Afinal é tão cretina quanto. O que percebo é que o nível de conhecimento por parte dos que defendem essa deturpação é baixíssimo. Mas o que se pode esperar de um bando de analfabetos que tiveram sua instrução política moldada via Facebook?
Essa gente está feliz em amparar uma prática suja de editoras que não estão interessadas em contar histórias, mas moldar a mente dos consumidores. Embarcam na onda de imbecilização de personagens. Seria compreensível se estivéssemos falando de novatos nos quadrinhos, mas são leitores experientes assinando embaixo dessas cagadas que as editoras fazem.
Não existe argumento bom o suficiente capaz de me convencer de que: jogar fora criações que já acumulam décadas de cronologia, que tem peso como obras de entretenimento. que representam nomes conhecidos em todo o mundo por avatares de causas em forma de heróis de quinta categoria é uma boa ideia.
Esses novos heróis são ruins, sem criatividade. Pegam carona na competência de outros. São postos para substituir e acabam sempre sendo piores que os originais. São ineptos, burros, cheios de problemas fúteis. Estão lá pra refutar algo que não pode ser refutado, porque não tem capacidade para tanto. Desafiam heróis aclamados sem a devida grandeza para isso, bancando os representantes de um futuro "moderno", que de moderno não tem nada.
A função desses moleques sem moral e sem inteligência nunca é claramente definida. Sabe-se somente que estão aqui para mostrar que são melhores e mais "antenados" com os supostos valores da juventude atual. Não seja tímido nessa hora! Traduza essa baboseira moderninha por: "bando de imbecis sem noção, mas falsamente munidos de uma grande consciência social". Uma leva lamentável de incapazes e cabeças-de-vento.
Falando dessa maneira, parece que nenhum personagem criado pode ser engraçado. Ou feito para crianças e adolescentes. Ou que sou contra histórias em quadrinhos despretensiosas de aventura e humor. Mas os quadrinhos dessas editoras estão infestados de conceitos estranhos ao público infanto-juvenil! Conceitos estes colocados lá de propósito por adultos irresponsáveis e notavelmente mal-intencionados! Por que deveríamos considerar que são inofensivos só por ser feitos para crianças?
O Superman chinês. |
5º Passo: Sai o velho, entra o mais velho ainda...
O senso comum de que trocar algo antigo pelo novo produz um efeito de melhora instantânea é totalmente estúpido. Recentemente a DC Comics apresentou seu pavoroso Superman Chinês. Claro agora temos um superman vestido com roupa vermelha e estrelas representando a bandeira comunista (pra variar, um completo idiota). Já vi mais sutileza em outros tempos dentro dessa editora...
A Coelha Branca é a pior inimiga do Batman já criada. Trata-se de uma mulher vestindo um corpete, calcinha, luvas e meias longas e que aparenta não ter mais nada que explique sua função de vilã. O Batman também sofreu nas mãos de roteiristas preguiçosos recentemente. Ele apareceu com uma armadura parecendo um robô japonês com orelhas de coelho. Depois se descobriu que não era nem mesmo Bruce Wayne que estava dentro dela e sim outro personagem. Uma piada de mal-gosto.
Aquaman, nas mãos de Geof Johns teve seu momento vergonha alheia com o Aquadog. E se levarmos levarmos em conta o resultado dos novos 52, não é difícil notar que durante seu período surgiram indivíduos dos mais descartáveis. A prova disso é a nova Batgirl que não é exatamente um modelo de inteligência.
Se a DC está lotada de personagens fracos remanescentes desse evento dantesco imagine a situação da Marvel?
O Thor não é mais digno do Mjolnir e agora uma mulher ocupa seu lugar. O Hulk, Barbie-de-academia, Amadeus Cho estrela o título de Bruce Banner com o aval do mesmo (fazer com que o antigo "aprove" o novo é uma manobra manjada também). Um Capitão América envelhecido tendo que ver seu uniforme sendo usado por um substituto. O Homem-de-Ferro perdeu a vontade de vestir a armadura e deu lugar à "diversidade" cedendo espaço a Riri Williams. O quarteto catapultado para fora do universo da editora por pura birra com a Fox. Os X-men, bem, os X-men estão uma zona desde sempre! O Homem-Aranha tem que conviver com uma tropa de clones piores do que os da saga dos anos 90, com cópias femininas, robô, grávidas, multi-nacionalidades, versões de universos e tempos diferentes. Uma bagunça de fazer chorar!
Existem ainda dezenas de alterações, rejuvenescimentos, cópias do passado (e do futuro, talvez?), alguns assumindo papéis nas mais variadas causas, mortes, revezamento de uniformes entre inúmeras barbeiragens.
Depois de tudo que foi escrito aqui as perguntas que devem ser feitas são: como podemos acreditar que esses heróis terão um tratamento decente daqui pra frente? Quando esse show de horrores vai acabar? Os leitores mais novos vão perceber, enfim, o estrago grotesco que esses personagens estão sofrendo? Impossível responder. Mas pode ter certeza de uma coisa: as ideias por trás dessas mudanças são infinitamente mais velhas do que o tempo de estrada que esses personagens tem. Jogando por terra o embuste grosseiro de que se tratam de "novas visões".
A única certeza que tenho é a de que se temos hoje um verdadeiro circo dentro das editoras, onde vale destruir a principal matéria-prima das hq's que são seus heróis, nem eu nem você devemos apoiar essa degradação vexatória! Nos resta ignorar e esperar por um sinal de ordem em meio a esse espetáculo desgastante. Afinal de contas, palhaços só podem ganhar atenção se houver uma plateia para aplaudi-los.
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