terça-feira, 28 de abril de 2020

EU NÃO SUPORTO MAIS A INFÂNCIA PROLONGADA DOS LEITORES DE QUADRINHOS

Por: Hds


O leitor de quadrinhos no Brasil não só se recusa como se orgulha de não crescer nunca...

Há alguns dias atrás, eu comentei sobre como J. P. Martins e Hélcio de Carvalho estragaram as eras Marvel e DC na finada (foi tarde...) Editora Abril num canal de Youtube. Como resposta, indireta, sendo que não foi a ele que me referi, o próprio dono do canal me advertiu que deveria ter respeito pela opinião dele, não ser "rude" e fazer "ofensas e acusações" a ninguém, pois ali não era um lugar próprio pra esse tipo de opinião.

Em primeiro lugar, não fiz acusações aos ex-funcionários da Abril, falei a verdade. Hélcio e Jotapê juntos reinaram, com a concordância dos donos da empresa, durante mais de dez anos. Publicando revistas adulteradas, enganando e induzindo o leitor a pensar que as desfigurações das hqs eram necessárias pra que fosse possível a publicação dos dois maiores universos. Que, ou era ter aquelas revistinhas miniaturizadas ou era não ter nada.

Sempre vai ter alguém pra dizer que o motivo pra escrever esse texto foi a reação do sujeito em questão. Que esse post é uma resposta a ele, mas na verdade essa matéria é destinada a todos os pobres de inteligência que possuem o mesmo padrão de comportamento que esse indivíduo. Indivíduo esse que já deve ter lá seus mais de quarenta e tantos ou até cinquenta anos, mas que mostra o mesmo tipo de atitude frouxa, esquiva e complacente da maioria dos leitores. Mas a verdade é que eu não suporto mais esse tipo de gente desde décadas atrás.


CORPO DE ADULTO, CABEÇA DE CRIANCINHA

Antes da faixa etária dos leitores subir, todas as editoras que trabalharam fazendo hqs para crianças e adolescentes tiraram proveito disso pra vender produtos mal-acabados e cheios de defeitos. Tamanho reduzido, cortes de páginas ou de histórias completas, personagens apagados ou realocados, textos e diálogos reescritos, "correções" de problemas que as próprias editoras criaram, manipulações cronológicas com o propósito de enganar e omitir adulterações, aumento ou diminuição de histórias na intensão de lucrar ou só acelerar o volume de material publicado, colorização tosca, edição preguiçosa, erros de gramática e diagramação, entre tantos outros.

E desde a época em que crianças e jovens compravam hqs mais do que os adultos, que todos esses problemas existem e persistem até hoje. Por que isso acontece? Pelo fato da mentalidade dos leitores não ter crescido junto com eles. Os leitores atuais, ou são os mais velhos (eu sou da era Abril) que leram hqs da Ebal, RGE ou Bloch, ou são jovens com dinheiro, que compram guiados pela propaganda de canais de YouTube. Por isso mesmo esse mercado, e mais importante, a grande massa de leitores no Brasil está aprisionada entre esses dois grupos que definem a forma do mercado e como ele opera.

Não tenha dúvida, a culpa dos quadrinhos estarem presos nesse estado de estagnação proposital é dos leitores. Como falei antes, a faixa etária deles é adulta, mas os adultos não agem de acordo com a idade que tem e são trapaceados por macacos velhos desse mercado. Como os próprios Hélcio de Carvalho e J. P. Martins.

Isso acontece por que os mais velhos nunca quiseram saber sobre os bastidores da política das redações de editoras. Não tem a noção mais básica do lugar de onde os quadrinhos vêm, como são feitos, o porquê de terem ou não qualidade ou quem são os que decidem como vão ser esses produtos. Sendo assim envelhecem como compradores que sofrem dos mesmos problemas que tinham quando eram crianças. Sem saber a causa deles. Caem em todos os truques e manobras mais baratas aplicadas pelas empresas. Pois não enxergam as editoras como empresas, mas como os fornecedores da dose mensal de escapismo deles. As editoras por outro lado nunca deixaram de ver o leitor como fregueses. Não importando a idade.

Já os leitores novos apresentam uma realidade desesperadora. Não tiveram um contato natural com as hqs. Foram introduzidos por aproveitadores de canais que fingem estar em perfeita sintonia com as ideias e vontades do público para, após ganhar a confiança deles, influenciá-los e convencê-los a comprar. Essa geração não aprendeu a entender do zero o que é um quadrinho. Tudo foi explicado a eles em vídeos. Não tiveram que perceber diferenças ou distinguir arte ou roteiros, os seus ídolos pensaram e separaram tudo por eles. Não precisam reconhecer uma hq clássica, pois todos os clássicos foram empurrados goela abaixo como pedágio para se tornarem "leitores inteligentes". Descoberta, deslumbramento, diversão, experiência, aprendizado e capacidade de avaliação foram substituídos por pseudo-instrutores dissimulados e gananciosos. Ou seja, a formação da "geração youtube" como leitores de quadrinhos foi totalmente artificial.


EDITORAS NÃO MERECEM SUAS LÁGRIMAS 

Quadrinhos no Brasil sempre foram um bom negócio. Entretenimento vende até em épocas de guerras. Os soldados americanos, por exemplo, recebiam hqs de super-heróis para ler no front. Desde que a Marvel estreou nos anos 60 nas revistas dos Postos Shell, as editoras que seguiram publicando a Marvel lucraram, mesmo sem pagar direitos à editora americana. Quando alguma delas deixava de publicar, os direitos eram disputados aos socos. Isso não parece combinar com o choro que elas fazem sobre os lucros e sobre a dificuldade de publicar. A verdade é que hqs são muito rentáveis e venderam bem em todas as épocas de piores momentos da economia. E olha que não foram poucos.

Há poucos dias li um texto no site oficial do Sebrae onde havia um balanço do fechamento de micro e pequenas empresas. Mais de 600.000 delas fecharam ou faliram só nesses dias entre março e abril de 2020. Estima-se que são mais 9 milhões de novos desempregados nas ruas. Você ouviu falar de alguma editora de quadrinhos entre essas empresas?

Mas apesar de as editoras atravessarem esse período vendendo pelos Correios, vi também há poucos dias, um vídeo com dois donos de canais de hqs discutindo sobre "como fica o mercado depois da epidemia". Ou seja, por mais que os leitores apanhem das editoras, eles estão sempre mais preocupados com elas do que com sigo próprios. O leitor é sempre quem sofre os piores males nesse mercado, mas por enxergar a si mesmo como um fã e não um consumidor, acaba lamentando a situação das editoras e não a sua própria quando há alguma crise. É ele que financia as hqs caras e cheias de erros postas à venda de forma cada vez mais restritiva. Mas o medo que tem de perder seus queridos quadrinhos faz com que defenda justamente quem o menospreza.


O ADULTO COM MEDO DE AMADURECER

Não existe segredo em entender o porquê dos leitores serem tão desleixados e ignorantes nesse país. Mesmo a grande maioria sendo adulta, não conhecem a produção das redações e gráficas, não aprendem nada que não esteja restritamente ligado ao ato de consumir. Não sabem de onde vem as hqs, como são feitas, por que tem ou não qualidade, quem são os responsáveis pelo conteúdo delas, por que custam caro ou barato. Ou seja: são adultos que só sabem o que qualquer criança saberia quando inicia sua vida de leitor.

Declamam seu amor incondicional aos quadrinhos mas não sabem como ele chega até as mãos deles, não procuram aprender nada que vá além do que acompanham nas ficções das histórias. Ou seja, sabem muito sobre personagens, origens, poderes e lugares que não existem, mas sobre o objeto real que seguram não sabem nada. Rejeitam opiniões críticas. Tem medo delas. Acham que se você duvidar por um segundo da natureza supostamente pueril das revistinhas que leem vão estar cometendo um crime capital, perdendo a aprovação dos outros que são tão ignorantes e cegos quanto eles.

Enfim, fãs de quadrinhos no Brasil são preguiçosos e covardes. Ignorantes que se encolhem com medo nas suas bolhas de saudosismo infantil, onde estão seguros do pavor que um possível questionamento relevante e saudável provoca. Medo de crescer, medo de questionar, medo da opinião contrária, medo de saber demais e descobrir que nos EUA, Japão ou aqui na terra dos bananas, existe corrupção, oportunismo e ganância. Isso tudo os faz se esconder num cantinho seguro onde fingem que nada disso é real. Por isso mesmo o leitor de quadrinhos não amadurece. É uma eterna criança que vira o rosto e se esconde com medo dos problemas do mercado que fabrica seus objetos de adoração ingênua.

A maioria dos leitores de hqs não são mais crianças ou como diz a máxima clichê: "quadrinhos não são só pra crianças". Mas a situação atual é bem pior. Hoje temos adultos que não tem interesse nenhum nos assuntos adultos. É a verdadeira síndrome de Peter Pan.


SITES, BLOGS E YOUTUBE: MÁQUINA DE CRIAR DEMENTES

Em sites, blogs ou canais de youtube, a regra é ser alegre e transparecer alegria. Mesmo quando não há motivo pra se sentir assim. Quadros superficiais copiados de outros canais sem conteúdo ou opinião. Nunca opine! Opinião divide espectadores e você não vai querer perder inscritos certo? Nada de assuntos que não incluam sorrir, ter reações pré-fabricadas. Você deve exaltar os quadrinhos como se fossem perfeitos e não houvesse nada de errado neles ou no mercado. Isso é coisa de gente chata! Tenha sempre um controle doentio das pautas para que nenhum tema sério entre. Isso espanta pessoas imbecis que acham que entretenimento é feito só de bons momentos. Fuja de tudo que não seja limpinho, comportado, infantil, forçadamente emotivo, livre de contestações, raso e vazio de informações que possam dar dores de cabeça em espectadores/leitores com um QI menor que o de um bicho-preguiça. Pensar dói a cabeça. Duvidar ou questionar dá medo. Procurar informações que ampliem a experiência é cansativo e deve ser evitado. E, principalmente, ir contra os dogmas covardes da maioria dos leitores. É condenável! Fuja de ideias diferentes da sua como se foge do demônio!


OS ADVOGADOS DE EDITORAS

Todas as editoras cometeram erros pelos quais os leitores pagaram, muitas vezes sem nem saber ou se importar. Erros que sempre vão existir, mas que, logicamente, são toleráveis apenas até um certo ponto. Quando as empresas cometem erros demais ou quando os erros são parte da própria política de produção e estão lá de propósito, o leitor deve agir. Mais uma vez relembro que leitores infantis ou adolescentes não tem a menor obrigação de exigir direitos junto ao Procon. Seria absurdo supor que uma criança de oito anos fosse até um posto desse órgão com uma edição do Homem-Aranha querendo "fazer valer seus diretos de consumidor". Mas isso é o que se espera de leitores que passaram dos dezoito anos certo? É bem justo acreditar que um leitor maior de idade, dono da própria vontade e trabalhador, mova recursos contra empresas que o lesem financeiramente.

Mas o que vemos é uma corrente contínua de mediocridade e negligência vinda de pessoas que se consideram maduros por ler V de Vingança, Druuna ou Cavaleiro das Trevas, mas levam prejuízo da maneira mais passiva. Editoras antigas como as já citadas Bloch, Ebal ou RGE tem fãs mais velhos e muitos deles não estão nos meios de comunicação como Youtube, sites ou redes sociais. Alguns deles já faleceram pela idade. Mas ainda existem bastante ex-leitores da Editora Abril. A editora que reteve os direitos de publicar DC e Marvel por quase vinte anos.

Esses estão aí por todos os meios de comunicação. E alguns deles até dentro das editoras ativas no mercado. Incluindo o sujeito de que falei no começo do texto, esses leitores advogam em causa da Abril. Sorriem quando falam das aberrações feitas por ela. Fazem vista grossa pra ruindade e incompetência de tipos como o Jotapê, Hélcio ou Levi Trindade. Entre esses que falei estão os participantes de panelinhas. Amigos de editores e artistas que tem a mesma postura subserviente. Além de serem ferrados por empresas que só querem lucrar fácil em cima de ovelhas, eles ainda travam longas batalhas em espaços de comentários de canais e redes sociais defendendo vorazmente essas empresas. A pior espécie de ser humano esquivo e adulador que existe na face da terra! Aqueles que trocam tudo que podem ter de melhor sendo livres pra falar e fazer por humilhação bem remunerada. Ou nem isso...


SAUDOSISMO USADO COMO DESCULPA PRA SER FRACO E TACANHO

Sentir saudades de algo ou alguém por si só é um bom sentimento. Que, na verdade, somente é bom quando não dura ou vai longe demais. Agora quando esse sentimento vem atrelado ao consumismo burro, conveniência, acomodação ou sentimentalismo barato, aí temos uma aberração de treze cabeças. Um fantasma deprimente. Uma doença difícil de tratar e que se alimenta da mais pura irracionalidade. Em vários níveis diferentes, dos mais grotescos aos menos incômodos, as falhas nos quadrinhos feitos ao longo de mais de um século de história foram muitas. Hoje o padrão de qualidade das hqs está, além de alto, compatível com os padrões estrangeiros. Mesmo havendo erros também, claro, mas eles estão sendo fiéis aos originais o quanto possível.

Mas o que justifica esse apego a quadrinhos modificados ou mal publicados? Essa raiva insana a quem critica erros e decisões mesquinhas? Por que leitores que deviam querer avaliar o produto que compram pra levar somente algo bem feito e merecedor do dinheiro gasto se comportam como viúvas rancorosas? A resposta pra todas esses perguntas é: uma teimosia ignorante e covarde. Pessoas que de tão burras não conseguem imaginar que criticar não significa odiar. Que enxergar erros e falhas não é o mesmo que procurar condenar algo ou alguém. Que manter um olhar atento a detalhes é querer o melhor daquilo que se vende pra alguém que deve, em primeiro lugar, se enxergar como consumidor. Não um fã cego e intolerante. Um defensor raivoso que não suporta que duvidem de seu brinquedo, seu objeto obsessivo de admiração intransigente. Essas crianças violentas e birrentas que atacam tudo que não habita o seu mundinho de perfeição ilusória. Onde ele pode ser eternamente feliz e nunca confrontar nenhum tipo de contradição. Um moleque ciumento cercado por uma muralha de auto-engano. Esse é exatamente o perfil deplorável dos leitores brasileiros dos anos 70, 80 e 90 enterrados nesse mesmo saudosismo.


A FORMAÇÃO ECONÔMICA, CULTURAL E EDUCACIONAL DAS AMEBAS 

No meu entender não existe um meio de influência mais nocivo que canais de "gibitubers". Se é incomum ver leitores de hqs lendo textos e posts, isso se dá pela preguiça paralisante que os faz correrem para esses canais. Lá o leitor jovem encontra toda falta de seriedade, toda estupidez, toda propaganda bombardeada regularmente nos olhos dessa geração pobre de ideias e iniciativa. Na falta do que pensar não haverá problemas, o palhaço/apresentador pensará por você! Ele vai entregar precisamente aquilo que se espera pra entreter a mente de, para quem a prática de pensar, se constitui numa ação torturante. O resultado disso é a geração de leitores de hqs mais mal-educada de todos os tempos! Não sabem aprender pelo esforço próprio. Precisam ter a cavidade cranial preenchida com estrume vindo de "influenciadores digitais" como os três editores que são idolatrados e conhecidos por "fazerem um marketing perfeito de hqs". Mas que na verdade são bem sucedidos por cima do vazio de inteligência de uma manada de acerebrados. Não há desafio ou talento nenhum em trapacear idiotas. É fácil! Essa massa de leitores não está pronta minimamente pra oferecer resistência aos métodos de propaganda e pretensas facilidades. Compram volumes de luxo como zumbis sem vontade própria. A visão rasa e falta de interesse em aprender a se virar nesse mundo de exploração, transforma-os em seguidores de verdadeiros animadores de festa retardados, disfarçados de "leitores apaixonados". Apresentadores de programas ruins que estão lá pra vender e que fingem estar se aprofundando em conhecimentos copiados de outras pessoas.

Além da postura previsível de evitar problemas que espantem espectadores/fregueses, eles tentam afetar inteligência. Tentam parecer cultos e bem informados enquanto espalham asneiras que não se deram ao trabalho de averiguar. Mentem sobre a qualidade das hqs pois são bancados por editoras. Avaliam de modo incompetente os quadrinhos, o que deixa os leitores desguarnecidos de opinião confiável e bem fundamentada. Isso se traduz em análises/reviews porcas e apressadas. A preocupação em parecer maduros levam essa turma de hienas pros bares. Tentando emular um estilo de vida que se afasta dos nerds clássicos, xingados e rejeitados desde sempre. Mas continuam sendo farsantes que se aproveitam de uma mídia popular pra moldar o pensamento de leitores impressionáveis. Não passam de aproveitadores que usam o interesse dos outros como ímã pra atrair dinheiro.


EU DESISTO...

Ser um leitor de quadrinhos nesse país é ser uma criança velha. Pessoas displicentes que não querem melhorar como consumidores e nem querem que os outros melhorem. Medrosos que pulam fora de qualquer coisa que os remova de sua concha de conforto infantil. Que rejeitam qualquer evolução mental e cultural em nome de alienação e conformismo. Que não questiona, não pesquisa, não aprende, não cresce, não tolera divergência, não enxerga que a sua intransigência limita o discurso e não percebe o próprio papel nos problemas que existem no ato de consumir quadrinhos. É por isso mesmo que a situação dos quadrinhos está tão ruim. O porquê de ela sempre ter sido problemática e por que nunca vai se resolver. Pelo fato de o leitor manter tudo exatamente como está, estagnado na imbecilização, durante décadas. Cada geração de leitores tem sua parcela de culpa nisso. Se o mercado é como é, a causa sempre foi o leitor, pois não existe hqs sem leitores. Quem acredita que ser um leitor de quadrinhos adulto é ler quadrinhos adultos está enganado. Ser adulto é ter a capacidade de assumir responsabilidades pesadas e não fugir delas! E é por isso mesmo que eu desisto dessas pessoas. Desisto de tentar colocar alguma ideia decente na mente de criaturas bisonhas que preferem se fechar dentro do seu meio repleto de imaturidade, falta de graça e desorientação proposital. Se querem permanecer assim, que fiquem.

terça-feira, 7 de abril de 2020

MAURICIO DE SOUSA PRODUÇÕES "REPREENDE" MINISTRO DA EDUCAÇÃO

Por: Hds.





O Ministro da educação Abraham Weintraub postou na página dele no Twitter um questionamento em tom de brincadeira sobre quem está lucrando com a epidemia do vírus chinês. Usou uma linguagem estilo Cebolinha pra ironizar uma capa do quadrinho "Saiba Mais" onde o tema era a China. Vejam o post abaixo:




Isso foi o suficiente para jornais e sites (em mídia física ou online) mostrarem todo o "repúdio" ao texto do ministro. Mas, numa atitude previsível e fútil, a Mauricio de Sousa Produções resolveu se declarar incomodada com a postagem e respondeu oficialmente no infame jornal Folha de São Paulo:


"Não autorizamos o uso de nossos personagens nessa postagem. A Mauricio de Sousa Produções tem uma relação de muitos anos de amizade e admiração com o povo da China.
A nossa primeira publicação naquele país foi justamente sobre o descobrimento do Brasil. E, por aqui, fizemos um Saiba Mais! (nossa publicação que aborda diversos assuntos educativos) para mostrar um pouco da rica História da China para os leitores brasileiros.
Porque há 60 anos, a Turma da Mônica preza pela amizade entre todos os povos. E continuará sendo assim."


Em primeiro lugar, quem disse que o ministro (ou qualquer cidadão precisa de autorização da MSP pra postar uma imagem que notoriamente não visa fins lucrativos? Quer dizer que todos os que fizeram memes e paródias sobre os personagens da MSP na internet tem que pagar royalties a ela agora?


Ei Mauricio! Não vá esquecer de cobrar direitos por esse aqui certo? Vocês estão "tomando chapéu"!

O quadrinho foi lançado em julho de 2011 pela Panini e o ministro usou a imagem pra debochar do tema da hq em relação à política chinesa, e não pra criticar os personagens. Mas pra MSP não existe humor vindo de gente com a visão política de Weintraub. Se ele faz piada ou ri de algo é maligno, irresponsável e está se apropriando das imagens. Pode apostar que vários jornais, sites canais de tv entre diversos meios de comunicação já usaram material da MSP, mas como muitos deles são concordantes com as ideias de Mauricio de Sousa ou da empresa dele, não levaram "bronca" nenhuma.


Com o empresário criador da Turma da Mônica é assim, pode até usar seus personagens pra veicular ideias políticas, desde que sejam com esse tipo de viés abaixo:



sábado, 4 de abril de 2020

MARK MILLAR FAZ PAPEL DE IDIOTA AO POSTAR COMPARAÇÃO COM BOLSONARO

Por: Hds.


Mark Millar é o típico "escritor consciente". Usa hqs pra falar de minorias, injustiças, desigualdades e, pode apostar, enriqueceu muito vendendo revistas e direitos autorais às custas nerds que acreditam no discurso dele.



O negociante de direitos autorais para estúdios de cinema, empresário rico, hipócrita e escritor de quadrinhos (quando sobra tempo...) Mark Millar, fez um uma postagem no twitter dele comparando Bolsonaro ao personagem Immortal Joe de Mad Max.





Millar ironiza dizendo que: "não pode ser o único que percebeu isso". Deixa eu ver o porquê de ele ser o único a "notar" isso: por que não se parece coisa nenhuma? Ele foi o único, pois ninguém mais pensaria numa comparação tão descabida e fora de contexto que essa. Millar quis mais uma vez forçar a barra pra demonstrar o ódio que sente por políticos de direita ou conservadores. 

Não é nem um pouco incomum ver artistas/escritores falando imbecilidades sobre políticos ou sobre política no mercado de comics. Alguns se empolgam e erram a mão na tentativa de colar uma piada, ou uma crítica raivosa com a clara intensão de atacar um alvo.

O portal UOL, notório puxa-saco da esquerda e tendencioso ao extremo, publicou um post sobre o twitter de Millar. Começam elogiando o autor (tática velha pra amaciar o leitor do texto) e comentam a brincadeira na frase que mistura inglês e português, que faz média com o leitor brasileiro.

Mark é geralmente citado como um escritor engajado em temas políticos, temas esses que ele às vezes enfia nas hqs que escreve de modo forçado e proselitista. Mas a ignorância de Millar não surpreende e é nivelada pela manada de quadrúpedes que ocupa as redações das maiores editoras de quadrinhos nos EUA.

Quando se tem na cabeça só o estudo da escrita rasa, cultura superficial e um entulho de referências pop babacas usadas como fan-service, não se pode esperar que saia alguma coisa brilhante de cretinos como Mark Millar. Embora o fato dele ser mais um escritor em fase de decadência criativa, militante de causas falsas, isso não o impede de ter seus seguidores entre os "amigos brasileiros".