sábado, 29 de outubro de 2016

O QUE ESPERAR DE... DOUTOR ESTRANHO



Por:Hds.



Faltam somente 5 dias para a estreia de Doutor Estranho no Brasil e temos informação o suficiente. Na semana passada saíram mais quatro trailers com cenas inéditas. No Brasil, o filme estreia em 3 de novembro. Mas a estreia mundial está prevista para o dia 4.

O filme conta a história de Stephen Vincent Strange, um talentoso, porém presunçoso, cirurgião que sofre um acidente de carro que deixa sequelas em suas mãos impedindo-o de exercer sua profissão. Tendo sua carreira interrompida, vai atrás de uma cura. Uma indicação acaba levando-o até o Himalaia. Lá encontra o Ancião que enxerga potencial em Strange e resolve treiná-lo para se tornar o Mago Supremo da terra.

No elenco estão: Benedict Cumberbatch (Dr. Estranho), Rachel McAdams (Christine Palmer), Tilda Swinton (Ancião), Chiwitel Ejiofor (Mordo), Benjamin Bratt, Benedict Wong (Wong) e Mads Mikkelsen. A direção é de Scott Derrickson.

A Marvel Studios está ampliando cada vez mais seus títulos e trazendo heróis menos conhecidos do grande público. Depois dos X-men, Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Hulk, Homem-de-Ferro, Thor, Capitão América e Vingadores. A gigante do cinema se concentra agora em figuras como Os Guardiões da Galáxia, Homem-Formiga e finalmente o Doutor Estranho.

Criado pelo brilhante e recluso Steve Ditko e por Stan Lee em 1963, o doutor sempre foi um dos mais diferentes e pouco explorados personagens da editora. Possui poucas fases memoráveis, mas as que tem são marcantes. Como a história excelente escrita pelo veterano e talentoso Roger Stern; Triunfo e Tormento. A Graphic Marvel (como foi chamada na época) ainda conta com os desenhos espetaculares de Mike Mignola. Uma das melhores histórias que já li na vida.

O estúdio soube trabalhar os trailers de forma que não estragassem tanto as surpresas. Bem como as fotos, cartazes e sinopses. Vamos dar uma boa olhada nos trailers principais e avaliar o conteúdo:



Assim como no vídeo da Liga da Justiça, o trailer começa com notinhas de piano e cenas abertas e panorâmicas. Sério, esses caras que produzem teasers e trailers deviam parar com isso! Não passa de um clichê babaca. Strange aparece como cirurgião e logo depois vemos uma cena com o acidente. Christine Palmer aparece ao lado de Stephen no hospital com as mãos cheias de pinos. Palmer foi uma das enfermeiras da série de um título dos anos 70 da Marvel chamado Night Nurse (Enfermeira da Noite). Não sei bem o que ela vai ser, se vai ser um par romântico ou se está lá para ser inserida no universo dos filmes.

Christine Palmer originalmente foi uma enfermeira que cuidou de vários heróis da Marvel.

Strange chega ao Himalaia com uma aparência desarrumada. Temos a visão do Templo onde a anciã, dentro das dependências, mostra sua capacidade de distorção da realidade. Os dois atravessam uma "barreira de vidro" que, na prática, representa uma "transposição". Aqui vale lembrar que o personagem do Mestre Ancião é um Homem, e não uma mulher. Não é de hoje que vemos figuras sendo substituídas nas produções da Marvel, mas isso não deixa de ser uma falta de fidelidade inconveniente com a origem do personagem.

Tilda Swinton como o ancião.

 A anciã mostra seus poderes no mundo real e leva o doutor através de um portal até o templo. Até esta etapa do vídeo, me agradou muito o modo como é feita a elaboração dos poderes. A visão da realidade desfeita é mostrada como um cristal se quebrando. O portal é feito de faíscas em forma de círculo. Prédios se desdobram como papel. Tudo bem interessante. Esse fator me preocupou bastante; como os artistas conceituais fariam para transpor toda a ambientação psicodélica dos quadrinhos para o blockbuster. Se feito com cuidado e artisticamente bem trabalhado, pode surtir um bom efeito. Mas existe uma linha muito fina entre o deslumbre visual e a cafonice nesse caso. Outro detalhe; o Barão Mordo (papel de Chiwetel Ejiofor) está no templo e provavelmente vai voltar no futuro como vilão.

Os primeiros passos como Mago.

Vemos o treinamento começar. Supostamente, além dos estudos em Grimoires, Stephen também será instruído em artes marciais. O que torna a trama bastante fiel às hq's. Uma cena curiosa em que o herói vê sua famosa capa de levitação pairando no ar (cena que não consta neste trailer).

Tomara que Mads Mikkelsen não caia na "maldição dos  vilões fracos" da qual a Marvel já foi acusada.



Somos finalmente apresentados à ameaça do filme. Trata-se de um feiticeiro dissidente do clã do ancião. Tem um aspecto de oriental, com micro-rachaduras em volta dos olhos que parecem ter sido feitas por fogo. De cara, se mostra um tipo carrancudo e vilanescamente afetado. Como é de costume em filmes de ação. Este é o ponto que mais me incomoda. Desde o primeiro filme do Homem-de-Ferro, alguns inimigos não tem dado conta de antagonizar os heróis da editora nas telas. Não conheço a maior parte dos vilões do Doutor, mas caso não dê certo enfrentar um humano comum, é recomendável que os produtores considerem usar uma ameaça como Mephisto numa possível continuação. O tal feiticeiro ainda conta com uma dupla de capangas para ajudá-lo a provocar destruição em vários lugares.




Um dos ataques mostra o centro de Nova York tomado por uma luz azul estranha. Ainda na Ásia ocorre uma luta onde se vê todo um bairro ser reconstruído pelo Doutor. Logo depois mais ação em Manhattan, com prédios sendo revirados e a cidade inteira se transformando num quebra-cabeça. Neste ponto onze entre dez aficionados por ficção devem ter comparado a cena com o filme A Origem, onde algo parecido foi feito no que se refere à efeitos especiais. E falando em efeitos...

Existem cenas desnorteantes no filme e se a Marvel não foi burra em mostrar as mais impressionantes, significa que vamos poder aproveitar a vertigem anti-gravitacional que as sequências trazem por completo.

Cumberbacht e seu Olho de Agamotto digital são a visão fiel do Doutor Estranho.

Pra finalizar uma piada entre o ajudante do ancião e Strange. Só pra lembrar que é uma película da Marvel, certo? E o Doutor é confrontado, precisando se proteger por trás do Escudo de Seraphim (ou alguma nerdice desse tipo). Wong terá seu lugar como auxiliar de Strange como nas hq's.

O vídeo que analisei acima é somente um entre os tantos que foram liberados. Em muitos teasers foram mostrados elementos que fazem parte da biografia do herói como o Livro de Vishanti, A Esfera de Agamotto , o Sanctum Sanctorum com sua emblemática janela redonda ilustrada com as listras do Selo de Vishanti.

A maioria deles exibem cenas de lutas, voos, objetos ou situações entre os atores não vistas nos outros trailers, mas sem muita novidade. Separei um deles que considero mais relevante, um  Featurette (curta com bastidores e entrevistas de produção):


Nele o presidente de produção Kevin Feige nos elucida sobre as maravilhosas qualidades do filme. De como ele vai deixar maravilhada toda a humanidade. Como vai trazer a paz à terra. Ou curar aquela sua dor na coluna que te incomoda faz tempo. Piadinhas à parte, o depoimento dos envolvidos na elaboração destacam a semelhança do filme com os quadrinhos nas cenas de viagens astrais/dimensionais. Numa delas, estranho é sugado em velocidade e deixa imagens residuais. Em outra, ele é desfeito em partículas e atravessa espaços coloridos e repletos de objetos que fariam Salvador Dalí se morder de inveja.

Ser tragado por entre formas geométricas em dimensões alienígenas é rotina para o Dr. Estranho
Mais uma vez eu tenho que alertar para minha desconfiança chata.  Será  que situar o personagem em espaços totalmente gerados em CGI não vai ferrar com o senso de ambientação dos espectadores nas salas de cinema? Afinal já vimos a tragédia que foi o uso abusivo de telas verdes em filmes como o do Lanterna Verde. Eu sei, eu sei. Este é um título da Marvel (e lanterna verde sempre será usado como o pior exemplo), mas a verdade é que se não houver cuidado podemos acabar nos tornando passageiros  de uma viagem nauseante que nos fará correr de volta para os quadrinhos. Ainda assim, acredito que o diretor e os responsáveis souberam encurtar esse tipo de sequência, fazendo uso dela para contar uma breve passagem. E não para cansar o espectador com exageros e texturas plásticas.

"Por Vishanti!".

Em tempo, tenho que falar um pouco sobre a caracterização dos personagens. Ou pelo menos do personagem principal. Até porque os demais coadjuvantes não tem uniformes ou detalhes chamativos o suficiente. O Doutor Estranho está muito bem trabalhado. Sua capa não tem aquelas golas com abas pontudas como nos quadrinhos. Mas o traje está bem fiel e com cores sóbrias, sem tornar a imagem do herói ridícula ou extravagante.

Sinceramente, não tenho a menor ideia se esse filme vai vingar ou não. Os elementos que temos neste momento nos indica que tudo está no seu devido lugar. Mas é bom sempre lembrar que trailers são feitos para vender o filme e podem enganar. Não posso negar que estou curioso para saber se a Marvel conseguiu trazer uma história de misticismo ao cinema mainstream com sucesso ou se fracassou miseravelmente.

Como de costume vou fazer uma rápida pesquisa em sites de reviews para não ir aos cinemas às cegas. Levando em consideração os acertos do estúdio, espero poder sair satisfeito. Admiro o Doutor Estranho pelas situações inusitadas que enfrenta e penso que o herói merece constar entre os acertos da Marvel nas salas de exibição. Boa diversão e até o próxima!

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

SALVAT COLOCA EM FASE DE TESTES A COLEÇÃO DEFINITIVA DO HOMEM-ARANHA



Por: Hds.

O Homem-Aranha prova que continua sendo o herói mais amado dos leitores da Marvel.

Sem fazer nenhum alarde, embora eu desconfie que isso seja a boa e velha falta de senso de marketing, a editora Salvat colocou em bancas o primeiro volume do que poderá ser a Coleção Definitiva do Homem-Aranha. Praticamente sem que o público em geral soubesse, a editora colocou o volume de Homem-Aranha - Caído Entre os Mortos (de Mark Millar, Frank Cho e Terry Dodson) nas bancas para teste e só liberou a notícia da iniciativa em poucos e obscuros sites.

A Salvat já possui as coleções Graphic novels da Marvel, a Clássicos e a Herói Mais Poderosos da Terra (capa vermelha). O livro um terá o preço de R$9,90. O segundo custará R$24,90 e os seguintes R$39,90. Num total de 60 edições. Detalhe que o arco do volume um (caído entre os mortos) cobrirá somente metade das doze edições originais. Até agora foram anunciados somente quatro volumes; Homem-Aranha - Caído entre os Mortos, Percepções, A Saga do Clone (a original de 1975) e O Mal no Coração dos Homens.

A lombada da coleção seria formada no caso pela seguinte litografia:


Especular sobre a inclusão de mais uma coleção no já imenso mercado nacional é pura perda de tempo. Se a editora não acreditasse que daria certo não cogitaria fazê-la. Apesar da onda de desânimo na economia, os negócios de entretenimento no Brasil só crescem. Isso é ótimo e dá exemplo da capacidade de recuperação do consumidor.

Mais uma coleção, seja de que empresa for, é bem vinda (apesar dos preços altos). Mantém o interesse do leitor. Ajuda a fornecer produtos inéditos ou escassos há muito tempo e corta pela raiz a especulação mercenária em sites de venda de usados e leilões. É uma excelente notícia para os admiradores do amigo da vizinhança. Aguardem pela divulgação da lista completa.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

COMO TRANSFORMAR UM PALHAÇO NUM SUPER-HERÓI RESPEITADO


Por: Hds.




Caso você seja um leitor jovem que ainda está vivendo sua infância despreocupadamente. Ou seja um adolescente com tempo livre para aproveitar. Talvez não consiga perceber que estamos vivendo tempos terríveis em relação à criatividade nos meios de entretenimento. Boa parte do que lemos, assistimos ou jogamos são coisas velhas adaptadas aos dias atuais ou carregadas de um saudosismo viciado que beneficia mais quem vende, do que quem consome esses produtos.

Pra piorar tudo, estamos atravessando uma época de declínio grotesco na cultura ocidental em que até aquilo que é feito para distrair, vem abarrotado de uma carga brutal de influências ao público alvo.

É justamente por tentar manter minha visão atenta ao máximo que procuro não ignorar traços desta nova onda que toma espaço, se esgueirando da maneira mais insidiosa no ramo que mais me agrada: os quadrinhos.

E é claro que os quadrinhos voltados para crianças e adolescentes estariam na mira de criadores dissimulados e virulentos. Tendo em vista que fazer a cabeça de pessoas novas que não tem opinião formada e fazê-los se guiarem por noções duvidosas é bem mais fácil.

E é com a certeza de que essa iniciativa da Marvel, DC e demais editoras vem se expandindo, que resolvi falar sobre o assunto. Até porque se não houver outras ideias que não sejam as dos redatores de sites grandes e tendenciosos (como o Omelete, Judão, Terra Zero e outros pastiches) os leitores vão pensar que todo mundo é unânime a essa imundice que estas mesmas editoras vem fazendo.

Por conta disso, aqui vai alguns passos para elaborar um "campeão moderno":

Young Avengers
1 º Passo: O Bobo da Corte "Representativo".

Um truque usado com frequência pelos artistas é o de criar heróis engraçadinhos, jovens e inexperientes. Isso faz com que as crianças se identifiquem imediatamente, pois, essas figuras são facilmente associadas aos Gokus, Narutos e Luffys da vida que vemos nos mangás. Como já disse antes elas não percebem que seus heróis podem ser usados para influenciar suas ideias desde cedo. E isso dá ao criador uma oportunidade de entupir a cabeça de uma geração inteira do mais puro lixo proselitista que se pode imaginar.

São pré-adolescentes, que só compram quadrinhos pelas lutas, poderes incríveis, ação e diversão e levam de brinde uma cartilha politicamente-correta com noções de gênero, lutas de classes, confrontos de vertentes políticas (nos quais os editores e equipes criativas fazem questão de deixar claro qual lado que "deve ser defendido"), incitam engajamentos ideológicos e direcionam o leitor através de um lamaçal de obras de baixa cultura. Ou pra usar de linguagem menos empolada:  uma lavagem de porco feita para emburrecê-los!

É preciso dar a devida responsabilidade a quem trabalha diariamente para que toda essa doutrinação escrota chegue aos olhos de quem não possui defesa contra ela: os empresários, os editores, escritores, desenhistas e demais funcionários dessa indústria.

A editora Marvel, por exemplo, sempre se mostrou inclinada à esquerda. Mas hoje em dia ela vem aumentando o volume da própria imbecilidade e resolveu transformar seus personagens em bandeiras de militâncias e causas. O exemplo mais bem sucedido de herói que nem precisou ser "convertido" às causas defendidas pela casa das ideias deturpadas (mesmo porque ela foi criada com esse propósito) é a nova Ms. Marvel: Kamala Khan.

Kamala Khan
2º Passo: Uma simpatia de dar embrulho...

Não há como negar que a característica que sempre chamou a atenção de crianças ao se depararem com uma história em quadrinhos desde o início deste ramo é o entusiasmo pela ação. Dos personagens mais infantis e caricatos até os guerreiros mais violentos e cheios de pose, os que fizeram mais sucesso entre os leitores abaixo dos quinze anos foram os mais combativos, aqueles que se envolvem em lutas com maior frequência. Por esse motivo os heróis dos quadrinhos servem de veículo perfeito para transmitir mensagens.

Kamala Khan foi criada pelos editores Sana Amanat e Stephen Wacker para ser a primeira personagem muçulmana da Marvel. Ela é desligada, desbocada, tímida e ao mesmo tempo ousada,  é animada como as garotas da sua idade, atrapalhada e admira suas amigas descoladas do colégio. Apesar de ser desprezada pelas mesmas, sofrendo bullying por causa de sua origem, faz a política da boa vizinhança e tenta manter-se amiga delas. Kamala chegou a ser usada numa campanha pela luta contra o ódio aos imigrantes em São Francisco. Justo defender o combate ao ódio irracional, mas a Marvel se deu conta de que ela é UMA EDITORA DE COMICS e não uma gráfica de panfletos anti-xenofobia?

Quem leu este texto até aqui pode pensar que se trata de rabugice ou paranoia julgar tipos infanto-juvenis como se fossem figuras de obras adultas de autores célebres e dotados de uma dialética profundamente psicológica. E que não faria sentido analisá-los de uma forma séria. Mas eu tenho a mais plena e concreta noção de que esses personagens não foram criados para mim: leitor velho e capaz de discernir ideias inocentes de ideias nocivas. Sei que os novos ídolos das editoras (ou aqueles que foram renovados para o leitor jovem) são para um nicho iniciante dentro desse mercado.

E é por esse motivo que posso afirmar que heroínas como Kamala são o que existe de mais podre e reprovável na sorte de estratégias usadas para que essa audiência engula heróis com características como as citadas acima. Disfarçar uma lavagem cerebral debaixo de simpatia e carisma forçados. Descaracterizar figuras com origem e evolução definidas por décadas de trabalho competente de artistas do mais alto calibre. Tudo em nome de uma necessidade de impor pontos de vista mesquinhos. É desse tipo de cretinice e falta de vergonha que muitos nomes de peso como Brian  Michael Bendis vem se orgulhando.

A Garota Esquilo enfrentando Wolverine, Dr. Destino e Thanos.
3º Passo: Construindo o moral de um palhaço.

Como fazer com que alguém acreditar que a Garota Esquilo pode ser durona? Simples! Faça com que ela enfrente vilões ou heróis que notoriamente varreriam o chão com a cara de retardada dela e você tem um currículo artificial pronto para convencer qualquer idiota. Me custa acreditar que um sujeito brilhante como Steve Ditko teve parte na criação dessa aberração ridícula. Cujos poderes são (além de capacidades físicas ampliadas) controlar esquilos e imitar sons de esquilos (!!!).

Por algum motivo, a Marvel achou interessante trazê-la de volta. Afinal ela foi criada em 1992 e foi resgatada recentemente. Não basta a editora destruir suas principais marcas, ela ainda se esforça em revirar a própria lixeira. As tramas são bisonhas e dignas de pena como as aparições de Barack Obama nas revistas do aranha.

Outro meio bastante comum é fazer com que um herói patético e sem histórico apareça ao lado de vários outros consagrados. Assim os leitores vão pensar: "nossa! olhe ao lado de quem ele está lutando" ou "esse cara deve ser bem importante".

Vimos isso desde o início das histórias da nova Ms. Marvel, quando já se indicava que ela lutaria ao lado de Wolverine. Depois disso ela só aumentou seu número de parcerias na busca desesperada por uma evidência construída na base do mais puro alpinismo moral. E isso vindo de uma menina que tem o tosco poder de aumentar de tamanho, esticar e fazer crescer membros.

Também é possível fazer com que aja um acréscimo de "presença" numa personagem medíocre fazendo com que ele "rompa" com a hierarquia entre os da sua categoria. Como foi o caso do grupo Campeões, onde a mesma Kamala aparece numa arte promocional do título queimando sua carteirinha de membro juvenil dos Vingadores. Dando a falsa ideia de que são "independentes e possuem uma visão atual de super-heroísmo", em detrimento aos "velhos mandões e chatos" dos Vingadores. Coisa de aborrescente...

A nova Batgirl.
4º Passo: "O mundo mudou!" E as ideias mudaram pra pior!

Não posso imaginar uma frase mais moloide e boçal que: "o mundo mudou". Está na boca de 100% dos palermas que acreditam que hq's devem adotar discursos ideológicos. Talvez "aceita que dói menos" chegue a superá-la. Afinal é tão cretina quanto. O que percebo é que o nível de conhecimento por parte dos que defendem essa deturpação é baixíssimo. Mas o que se pode esperar de um bando de analfabetos que tiveram sua instrução política moldada via Facebook?

Essa gente está feliz em amparar uma prática suja de editoras que não estão interessadas em contar histórias, mas moldar a mente dos consumidores. Embarcam na onda de imbecilização de personagens. Seria compreensível se estivéssemos falando de novatos nos quadrinhos, mas são leitores experientes assinando embaixo dessas cagadas que as editoras fazem.

Não existe argumento bom o suficiente capaz de me convencer de que: jogar fora criações que já acumulam décadas de cronologia, que tem peso como obras de entretenimento. que representam nomes conhecidos em todo o mundo por avatares de causas em forma de heróis de quinta categoria é uma boa ideia.

Esses novos heróis são ruins, sem criatividade. Pegam carona na competência de outros. São postos para substituir e acabam sempre sendo piores que os originais. São ineptos, burros, cheios de problemas fúteis. Estão lá pra refutar algo que não pode ser refutado, porque não tem capacidade para tanto. Desafiam heróis aclamados sem a devida grandeza para isso, bancando os representantes de um futuro "moderno", que de moderno não tem nada.

A função desses moleques sem moral e sem inteligência nunca é claramente definida. Sabe-se somente que estão aqui para mostrar que são melhores e mais "antenados" com os supostos valores da juventude atual. Não seja tímido nessa hora! Traduza essa baboseira moderninha por: "bando de imbecis sem noção, mas falsamente munidos de uma grande consciência social". Uma leva lamentável de incapazes e cabeças-de-vento.

Falando dessa maneira, parece que nenhum personagem criado pode ser engraçado. Ou feito para crianças e adolescentes. Ou que sou contra histórias em quadrinhos despretensiosas de aventura e humor. Mas os quadrinhos dessas editoras estão infestados de conceitos estranhos ao público infanto-juvenil! Conceitos estes colocados lá de propósito por adultos irresponsáveis e notavelmente mal-intencionados! Por que deveríamos considerar que são inofensivos só por ser feitos para crianças?


O Superman chinês.

5º Passo: Sai o velho, entra o mais velho ainda...

O senso comum de que trocar algo antigo pelo novo produz um efeito de melhora instantânea é totalmente estúpido. Recentemente a DC Comics apresentou seu pavoroso Superman Chinês. Claro agora temos um superman vestido com roupa vermelha e estrelas representando a bandeira comunista (pra variar, um completo idiota). Já vi mais sutileza em outros tempos dentro dessa editora...

A Coelha Branca é a pior inimiga do Batman já criada. Trata-se de uma mulher vestindo um corpete, calcinha, luvas e meias longas e que aparenta não ter mais nada que explique sua função de vilã. O Batman também sofreu nas mãos de roteiristas preguiçosos recentemente. Ele apareceu com uma armadura parecendo um robô japonês com orelhas de coelho. Depois se descobriu que não era nem mesmo Bruce Wayne que estava dentro dela e sim outro personagem. Uma piada de mal-gosto.

Aquaman, nas mãos de Geof Johns teve seu momento vergonha alheia com o Aquadog. E se levarmos levarmos em conta o resultado dos novos 52, não é difícil notar que durante seu período surgiram indivíduos dos mais descartáveis. A prova disso é a nova Batgirl que não é exatamente um modelo de inteligência.

Se a DC está lotada de personagens fracos remanescentes desse evento dantesco imagine a situação da Marvel?

O Thor não é mais digno do Mjolnir e agora uma mulher ocupa seu lugar. O Hulk, Barbie-de-academia, Amadeus Cho estrela o título de Bruce Banner com o aval do mesmo (fazer com que o antigo "aprove" o novo é uma manobra manjada também). Um Capitão América envelhecido tendo que ver seu uniforme sendo usado por um substituto. O Homem-de-Ferro perdeu a vontade de vestir a armadura e deu lugar à "diversidade" cedendo espaço a Riri Williams. O quarteto catapultado para fora do universo da editora por pura birra com a Fox. Os X-men, bem, os X-men estão uma zona desde sempre! O Homem-Aranha tem que conviver com uma tropa de clones piores do que os da saga dos anos 90, com cópias femininas, robô, grávidas, multi-nacionalidades, versões de universos e tempos diferentes. Uma bagunça de fazer chorar!

Existem ainda dezenas de alterações, rejuvenescimentos, cópias do passado (e do futuro, talvez?), alguns assumindo papéis nas mais variadas causas, mortes, revezamento de uniformes entre inúmeras barbeiragens.

Depois de tudo que foi escrito aqui as perguntas que devem ser feitas são: como podemos acreditar que esses heróis terão um tratamento decente daqui pra frente?  Quando esse show de horrores vai acabar? Os leitores mais novos vão perceber, enfim, o estrago grotesco que esses personagens estão sofrendo? Impossível responder. Mas pode ter certeza de uma coisa: as ideias por trás dessas mudanças são infinitamente mais velhas do que o tempo de estrada que esses personagens tem. Jogando por terra o embuste grosseiro de que se tratam de "novas visões".

A única certeza que tenho é a de que se temos hoje um verdadeiro circo dentro das editoras, onde vale destruir a principal matéria-prima das hq's que são seus heróis, nem eu nem você devemos apoiar essa degradação vexatória! Nos resta ignorar e esperar por um sinal de ordem em meio a esse espetáculo desgastante. Afinal de contas, palhaços só podem ganhar atenção se houver uma plateia para aplaudi-los.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O QUE ESPERAR DE... JUSTICE LEAGUE




Por: Hds.





Através de seu Twitter o diretor Zack Snider apresentou um vídeo onde mostra cenas de bastidores do filme Justice League e aproveitou para comemorar o fim das filmagens com a equipe de produção que aconteceram na Inglaterra. O filme terá Henry Cavill (superman), Ben Affleck (batman), Gal Gadot (mulher maravilha), Jason Momoa (aquaman), Ray Fisher (ciborgue), Ezra Miller (flash) no elenco principal. E ainda conta com; Jesse Eisemberg, Willem Dafoe, Jeremy Irons e Amy Adams.

O filme tem estreia programada para 16 de novembro de 2017 com direção do próprio Snyder.

A história vai mostrar um Bruce Wayne transformado pelo ato de sacrifício do superman, que com a ajuda da princesa Diana tentará recrutar metahumanos com a finalidade de enfrentar uma poderosa ameaça antes que a terra seja destruída.

Apesar da longa distância que separa a estreia de Justice League da data deste texto, não há como negar que ele está seguindo à risca o caminho de todos os demais blockbusters de super-heróis já vistos. Desde seu anúncio, que até então não havia sido confirmado mas era passível de previsão, uma produção com o panteão de deuses/heróis da DC era esperado. Afinal de contas, quando a Marvel foi capaz de trazer Os Vingadores aos cinemas, não era nenhuma proeza imaginar que o mesmo se daria com a liga.

Sempre me deixa abismado a categoria de opiniões que leio sobre filmes antes deles saírem. Perece que em todos os lugares onde leio alguma coluna ou nota sobre eles, os redatores sofrem de um tipo crônico de amnésia. Essa gente escreve ou fala sempre como se estivessem esperando o lançamento do primeiro filme que irão ver na vida!

Em primeiro lugar, temos a pontuada e enervante liberação de "primeiras imagens". Temos as opiniões de diretores, produtores entre outros envolvidos na produção quase sempre tediosas e irrelevantes. Algumas notas são liberadas com anos de antecedência! Então surgem os tais "vazamentos". O que dizer deles?

Ao longo desse tempo somos convocados pelos sites e canais de entretenimento a assistir trailers em sequência. Cada um mais abusivamente expositivo que o outro. Quase não deixando nada para imaginar ou adivinhar sobre o filme.

E mesmo com toda esse tralha de informações se replicando em milhões de canais de informação, a atitude dos resenhistas ou simples redatores é sempre o deslumbramento primário.

Conhecer esse processo de acúmulo de expectativa pré-programada pela qual passamos em tempos de internet não é o suficiente para instigar essa gente a raciocinar antes de se render ao deslumbre e sair vomitando asneiras motivadas apenas por pura empolgação. Ou seja, ninguém procura fazer uso de sua experiência pregressa com filmes para adiantar detalhes que possam expor possíveis qualidades ou defeitos antes deles se revelarem.

Quer um exemplo? Se você fosse um crítico de cinema e um estúdio anunciasse um filme baseado numa hq escrita por Robert Crumb e desenhada por Robert Liefeld com direção de Uwe Boll (diretor de filmes podres baseados em games), você ainda pensaria que uma aberração dessas daria certo?

Sendo assim, vou fazer diferente com Justice League. Vou analisá-lo pelos que já temos em mãos e tentar antecipar detalhes que possam evidenciar méritos ou falhas que, talvez, ele vá mostrar em sua estreia. Veja o trailer abaixo:




Agora vamos observar com mais atenção:

O trailer começa com o típico toque de notas curtas somado à troca de imagens lentas ou panorâmicas. Um puta clichê "necessário" à linguagem viciada com que se vende produções de cinema hoje em dia. A narração em off de Ben Affleck nos dá características do Aquaman. Aqui é estranho notar que a Warner decidiu por inserir as mudanças "realísticas" no estilo Christopher Nolan. O que não faz o menor sentido, já que a DC deu a entender que se afastaria dessa linha. Se não, qual o motivo desse aquaman parecendo um sem-teto/alcoólatra? E essa ideia de ajudar os mendigos dando peixe? Por que um governante de um vasto reino como Atlantis perderia tempo com caridades em territórios humanos?

Jason Momoa faz um "Aquaman bad boy".

Também tenho uma queixa a fazer sobre a atuação de Jason Momoa; eu não sei quem foi que estabeleceu que o aquaman seria um sujeito carrancudo e intransigente. Não sei exatamente de quem partiu essa visão, em que quadrinho, desenhos ou seja lá de onde tenha vindo essa versão de um aquaman zangado e cabeça dura. Mas para mim, ela não cai bem ao personagem. O aspecto de um rei (não sendo um inimigo,claro.) deveria ser de imponência somada a um ar de generosidade e sabedoria. Lembram do Lanterna verde John Stewart do desenho da liga? Alguém no estúdio de animação decidiu que ele ficaria com cara de quem comeu bosta de cachorro vinte e quatro horas por dia. Sempre reclamando e bancando o negão mal-encarado do gueto. Uma das piores interpretações do herói , que nunca se mostrou dessa forma.

Depois disso, vemos um grupo de guerreiros e um sujeito usando uma coroa de rei numa floresta enterrando um objeto que parece ser uma caixa cheia de símbolos e ornamentos. Confesso que não tenho o mais vago palpite do que seja o tal objeto. Bruce Wayne continua, deixando claro que pretende reunir uma equipe de super-poderosos. Aparecem o Flash e o Ciborgue.

O Ciborgue e o Flash de Justice League ainda  precisam provar que funcionam num filme.

O aquaman tatuado e segurando uma garrafa de whisky sai de cena a vemos Mulher Maravilha brevemente segurando um escudo com inscrições de fogo que se apagam, no estilo "um anel" de Senhor dos Anéis. Wayne faz uma surpresa ao flash, que nesta versão vai ser Barry Allen, recebendo-o em seu laboratório improvisado cheio de monitores (mostrando dados vitais de Barry), livros, objetos largados e o uniforme que aparenta ter sido feito pelo próprio flash (tem esboços ao lado dele). É nessa hora que descobrimos que o flash vai ser um alívio cômico dentro da equipe. Wayne e Diana já demonstram alguma intimidade e estão trabalhando juntos na "seleção" de integrantes. Embora não tenha conseguido determinar exatamente de onde eles estão fazendo isso. Não parecia ser a bat-caverna. A recepção raivosa do aquaman à Bruce Wayne não ficou muito clara, mas deve ser esclarecida posteriormente. Ou talvez não...

Esse Batman está mais pro coruja do Watchmen
Por fim, uma liga incompleta liderada pelo Batman investiga um lugar abandonado e todo detonado em chamas. O trailer deixa muitas dúvidas que, dependendo da falta de noção da Warner, serão completamente estragadas nos vídeos que ainda virão daqui até novembro de 2017 (caso a data se confirme e caso ela resolva liberar detalhes demais).

Gal Gadot pode não ter exatamente o perfil ideal para a Mulher Maravilha, mas convence em batalhas.

Sabemos que o Exterminador fará uma aparição. Que existe um membro faltando no grupo que pode ser usado como um ás na história. Foi divulgada uma foto com armaduras estranhas e ninguém sabe quem exatamente está por traz da tal ameaça. O lex Luthor de Jesse Eisemberg (infelizmente) vai voltar e deixará claro o seu papel nessa trama, já que era ele quem possuía a ficha dos membros.

Por mais que que faltem peças no enredo para torná-lo mais visível, a maior questão está longe ser uma das que citei acima. Pois falta pontuar exatamente onde o Superman se encaixa na liga. Como sabemos, Clark Kent está sumido (pra dizer o mínimo!) e apesar de ser óbvio que ele vai retornar, fica a pergunta de como eles vão trazê-lo de volta. Vão sacrificar uma parte do filme para mostrar onde está e como vai retornar? Vai haver uma busca pelo kriptoniano? Além disso, é o batman que está reunindo e liderando o grupo, apesar de ser Bruce Wayne quem se expõe na busca por integrantes.

Vamos lá homem! Você é o Superman! Anime-se!!!

Outro problema em relação ao super está no fato de que, sim, não adianta chorar; Zack Snider não sabe dirigir atores! E aí? Vamos ter que aturar mais deste homem-de-aço rancoroso e sem expressão? Um superman que não lidera, não inspira autoridade ou confiança. E o pior: não traz um pingo da serenidade, presença e carisma que o herói apresenta nos quadrinhos. Duvido que o diretor tenha decidido pela construção da personalidade de quem quer que seja no elenco. Se não por que teremos um aquaman emburrado? Um flash cômico, sendo que Barry Allen nunca foi de piadinhas e sim Wally West? A mulher Maravilha merece um aproveitamento inteligente durante o decorrer do filme que faça jus ao peso da função que a heroína tem:  a de ser uma guerreira e trabalhar alianças entre a terra e Themyscira.

É lógico que é cedo demais para sequer começar a especular sobre a mega-produção da Warner. Serão águas demais rolando até o dia do lançamento. Com o que temos agora podemos calcular pouco e ficar preenchendo lacunas com boatos é pura perda de tempo de desocupados da net. O que devemos é esperar. Driblar a tonelada de spoilers em fotos, declarações em redes sociais, twittes, "vazamentos" de informações e os trailers nº 2,3,4,5 e por aí vai... Para podermos apreciar o a experiência no cinema de maneira completa. Uma boa espera e torçamos para que dê tudo certo.

Fiquem agora com o vídeo de bastidores do final das filmagens:


domingo, 9 de outubro de 2016

O RELANÇAMENTO DE CAVALEIROS DO ZODÍACO PELA JBC



Por:Hds


Os Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) começaram a ser publicados no Japão em 1986 na revista Weekly Shonen Jump, com os roteiros e  arte de Masami Kurumada. Duraram um total de vinte e oito volumes que se encerraram em 1990. No Brasil, os cavaleiros só estrearam em 1994 pela Rede Manchete através do anime e não do mangá. Este viria bem mais tarde, somente em 2000 quando a editora Conrad o lançou em meio-tanko.

Neste ano de 2016 os "defensores de Athena" estão completando 30 anos e a atual casa dos guerreiros, a editora JBC anunciou que publicará a versão Kanzenban do mangá. Esse formato equivale a uma edição especial no país de origem e é a primeira vez que sai no Brasil. A despeito do que vários sites pouco informados estão espalhando por aí, não é a primeira vez que esse padrão ganha as livrarias ou bancas do país. A própria Conrad já havia trazido Dragon Ball "edição definitiva" em 2005.

A JBC não deu mais detalhes sobre o preço, mas adiantou que serão 22 volumes com uma média de 240 páginas. O editor da Cassius Medauar prometeu manter os fãs atualizados em seu canal no YouTube, o Henshin Online. Além dessa notícia a editora vai pôr em bancas a nova série chamada Santia Shô que chega agora em outubro.

Curiosamente, tudo isso coincide com a volta dos cavaleiros para a TV aberta e dessa vez oficialmente. A Toei Animation vendeu os direitos para a Rede Brasil dos 114 episódios originais do anime que será exibido diariamente de segunda a sexta. A estreia deve ocorrer em outubro ainda sem horário definido.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ATUALIZAÇÃO DE LANÇAMENTOS DO SELO VERTIGO PELA PANINI



Por: Hds


Não tenho a menor ideia de como funciona a distribuição de quadrinhos dentro do eixo Rio-São Paulo-Minas porque não vivo nesses estados. Mas acho que deve ser bem melhor que nos locais
longes das grandes editores e gráficas. Pois a disposição de revistas no estado em que moro é uma zona e em períodos como o das olimpíadas que ocorreram fica pior ainda.

Desde junho o site da Vertigo/Panini ficou paralisado e sem atualizações. Nada de checklist ou anúncios. Isso atrapalha terrivelmente quem procura por informações para passar aos leitores como faço aqui nesse blog. 

Apesar de muita coisa não ter sido noticiada de julho até setembro aqui, vou aproveitar o retorno das
"atividades normais" da Panini para colocar em ordem alguns lançamentos:

Fábulas vol. 22 - A Despedida: 17x26cm, 160 páginas, capa cartão, papel lwc e preço de R$26,90.


A Panini conseguiu humilhar todas as editoras que já se atreveram a publicar esta longa e cultuada série no Brasil. Com o volume de número vinte e dois a editora fecha com competência a rápida e memorável passagem das fábulas pelas bancas do país em apenas quatro anos. Os fans da saga que é considerada por muitos como "o sucessor espiritual de Sandman", puderam se esbaldar com a absurda pilha de volumes que o título da Vertigo gerou somado aos seus prolíficos spin-offs. Parabéns
à Panini! 

Homem-Animal - O senhor dos Lobos: 17x26cm, 188 páginas, capa cartão, papel lwc e preço de R$26,90.

Seguem os arcos de histórias posteriores à saída de Morrison. No caso, o segundo pelas mãos de Tom Veitch. Buddy Baker não controla mais seus poderes e a consequência é a morte de animais afetados pelo campo morfogênico. Problemas com sua filha e mulher se somarão à tortura em que se tornou a vida do herói.

Apesar de ter comprado o volume de Peter Milligan desisti de acompanhar os demais que saíram pelo fato das histórias não apresentarem o mesmo peso que as da fase do escritor escocês. Não li as histórias de Tom Veitch, por isso não posso afirmar se são boas ou não , mas me parece que, assim como Rick Veitch no monstro do pântano pós - Moore, Tom não conseguiu se livrar da sombra que o roteirista original deixou sobre o personagem. Pra agravar ainda mais, temos os desenhos de Steve Dylon que são fracos e não ajudam tornar a fase algo imprescindível.

Os Invisíveis vol 8 - O Reino Invisível: 17x26cm, 148 páginas, capa cartão, papel lwc e preço de R$23,90.


O fim do mundo tem data certa e as duas forças opostas já iniciam sua luta para dominar o futuro da humanidade.  Os Arcontes enfrentarão os Invisíveis onde o resultado deve ser; " Liberdade Atemporal ou Controle Eterno". 

Mais uma "profecia" quebrada pela Panini. Mais uma série famosa sendo concluída de forma ágil e 
certeira. Os Invisíveis de Grant Morrison chegam ao fim com pouco mais de dois anos de publicação.
Mesmo não se tratando do melhor trabalho do escritor, com certeza, merece constar na estante de qualquer leitor de hq's. Ponto para a Panini de novo!

Patrulha do Destino - Supermusculatura: 17x26cm, 260 páginas, capa cartão, papel pisa-brite e preço de R$29,90.




Neste encadernado da patrulha teremos: "a patrulha evitando a aniquilação do livre-arbítrio, a transformação do universo em uma declaração artística, tentativas de assassinato e uma visita à satã". 
Seja lá o que isso signifique...

O Formigatório e a Nova Irmandade do Dadá vão cruzar o caminho dos heróis mais bizarros da terra.

A Patrulha do Destino de Morrison (ele de novo...) tem me agradado e a frequência de Richard Case nos desenhos garantem uma unidade para a história que não se vê hoje em dia. Já que o artista permanece como o principal do título. Assim como os Invisíveis estão se encaminhando de maneira bastante regular. Que venham mais volumes.

Obs: R$29,90 num encadernado de papel jornal? Tá de sacanagem Panini?

John Constantine Hellblazer - Demoníaco vol. 1: 17x26cm, 164 páginas, capa cartão, papel lwc e preço de R$24,90.



A realidade como a conhecemos está ameaçada e John Constantine é um dos poucos que pode intervir. Lendas urbanas, fantasmas e a Igreja da Realidade Virtual vão dar trabalho para o mago que vai ter que viajar pela América e Austrália para resolvê-los.

Este volume é o primeiro a trazer histórias da fase de Paul Jenkins no personagem. Mas estejam avisados que primeiro ele terá quatro histórias com Eddie Campbel, depois delas é que virão as duas primeiras de Jenkins. Os desenhos são de Sean Phillips que alguns acham ótimos e outros acham preso demais à referências fotográficas. Na dúvida dê uma olhada nas páginas de Criminal (série em parceria com Ed Brubaker) para ter uma noção do que ele é capaz.

Tom Strong - Invasão: 17x26cm, 148 páginas, capa cartão, papel lwc e preço de R$23,90.



Na terceira encadernação do herói científico de Alan Moore e Chris Sprouse as aventuras de Tom Strong nos levarão de cavernas vulcânicas até o espaço para enfrentar formigas gigantes. Tom Strong teve cerca de seis volumes nos EUA e logo será finalizada por aqui. Um tratamento diferente do foi feito pela Editora Devir que não conseguiu passar nem do segundo volume!





Nota: Sandman - Edição Definitiva vol. 1 e Preacher vol. 1 foram anunciadas respectivamente em agosto e outubro. Se você tem interesse em algum desses quadrinhos deve procurar rápido em comic shops ou em promoções de mega-stores como a Amazon. Depois não vá reclamar que perdeu algum deles. Fique atento para mais notícias e checklists.

Fontes: UniversoHQ, Guia dos Quadrinhos e Blog Vertigo da Panini.