domingo, 29 de novembro de 2015

CHECKLIST COMENTADO: NOVEMBRO DE 2015




Por:Hds.



Estamos no final de novembro e os nossos interesses se voltam para assuntos mais relevantes do que os quadrinhos.O Natal e Ano Novo estão quase chegando,e por isso mesmo,o mercado de hq's prepara-se para concluir o ano de 2015 com seus últimos lançamentos.É uma época realmente empolgante,na qual pensamos mais nas festas do que nos solitários momentos de leitura.Mas nem por isso devemos deixar de fechar o ano com chave de ouro,certo?Vamos aos títulos do mês!

O Livro dos Domingos de Preguiça de Calvin e Haroldo:formato 21,5x27,5cm,128 páginas e R$39,00.

Calvin e Haroldo é uma tira conhecida no mundo todo e foi publicada em milhares de jornais.Eu li somente algumas delas em ocasiões dispersas.Nunca achei as histórias de Bill Watterson lá muito atrativas ou engraçadas.São estranhas e possuem um senso de humor esquisito.Apesar disso,são amplamente elogiadas por editores aqui no país.O que não é nenhuma novidade levando em conta a "bondade" gratuita com que certos quadrinhos são tratados por esses jornalistas.

O traço de Watterson é bem natural,tem uma desenvoltura pouco vista e as histórias são variadas de acordo com a imaginação de Calvin.A tira vem sendo encadernada em volumes pela editora Conrad(isso mesmo,ela ainda não morreu)desde 2007.Até certo ponto gosto de tiras,mesmo porque se forem bem escritas e ilustradas divertem como qualquer série.Mas não gosto tanto de enredos curtos e desligados de cronologia.Se você é um apreciador deste estilo fique à vontade.

DC Comics-Coleção de Graphic Novels:Batman-Silêncio nº2 ,Superman O Último Filho e Liga da Justiça Torre de Babel:páginas ?formato 17x26cm,capa dura e R$34,90.


Escrevi no blog sobre como é positiva a entrada de mais uma editora no nicho de quadrinhos.A Eaglemoss traz uma coleção de 60 volumes contendo histórias memoráveis(e outras nem tanto!)com preços aceitáveis e bom acabamento.É verdade que não há tantos títulos peso-pesados,mas são arcos chamativos,tanto para novatos como veteranos de bancas.

Assim como no caso da Salvat,é ótimo saber que as opções de compra estão sendo ampliadas.Que o leitor tem cada vez mais chance de ser apresentado à histórias em franca concorrência com um número maior de empresas dentro do mercado.Mas é importante que a editora respeite a proposta de não aumentar os preços e não fazer o que a Salvat fez.Dê seu apoio a essa iniciativa da Eaglemoss  escolhendo bem seus volumes e que venham mais concorrentes.

Eden It's an Endless World nº3:formato 13,5x20,5cm,450 páginas e preço de R$39,90



Neste terceiro volume é revelado mais sobre o passado de Sophia,Elijah vai descobrir onde estão a mãe de Hanna e sua irmã Mana capturadas pela Propater.Elijah então parte para Agnosia para o resgate.

É realmente uma pena que a JBC tenha escolhido um formato mais luxuoso para Eden,pois isso dificulta a compra da revista,considerando a despesa que se tem hoje para sustentar o hobby de ler quadrinhos.Entendo que assim a série acabará logo e com a qualidade dos volumes em alta,mas não é fácil encaixá-la no orçamento.Talvez consiga correr atrás dela mais tarde e recuperar em livrarias os encadernados.Eden me chamou atenção desde que li uma edição tosca da Panini alguns anos antes  e,com certeza, ainda está na minha mira!

YU YU Hakusho nº14:formato 13,5x20,5cm,200 páginas e preço de R$14,90.


Faltando 5 edições para que se volte a concluir o mangá de Yoshihiro Togashi nas bancas eu finalmente vou citá-la no checklist.Como milhões de brasileiros em idade escolar,eu fui um dos que ficou vidrado na frente da televisão assistindo essa história.Foi muito bom ver na Rede Manchete os melhores animes que um moleque poderia ver,representando os quadrinhos shonen mais famosos do Japão.

Estilo esse que muitas vezes é visto como superficial pelos mesmos leitores que cresceram lendo esses mangás.Na tentativa de aparentar um amadurecimento forçado afirmam;"eu não compro mais shonens,é coisa de criança!Só leio mangás adultos agora!"Bela tentativa,mas esse baboseira não me impressiona.

A verdade é que o estilo shonen nos rendeu até agora as séries mais empolgantes e memoráveis já vistas no mercado nacional.E dentro dela cabem todos os aspectos aprofundados,que são normalmente cobrados por leitores chatos que querem usá-lo como bode expiatório para uma falsa noção de "refinamento" para leituras adultas.

 Basta ver exemplos como Death Note,que está mais para o policial e ainda assim pertence ao shonen.Ou um desenho como Avatar com seus roteiros bem amarrados e cheios de ação,que garantem que você não fique cochilando na frente da televisão.

O mangá está sendo publicado desde outubro de 2014 e apesar das histórias serem engraçadas e bastante agitadas,os desenhos de Togashi caem frequentemente de qualidade e prejudicam um pouco o resultado final.A JBC acertou no formato de publicação,com papel off-set e preço razoável para o mercado atual.Yu Yu Hakusho é um bom mangá para quem quer uma aventura sem grandes pretensões.

Heróis da Resistência-Uma História dos Quadrinhos Paraibanos:formato 14x20cm,60 páginas e preço de R$15,00(somente no site da editora.)


Esta é uma publicação em forma de pesquisa histórica sobre a "produção periférica"(entenda-se;fracassada)de quadrinhos nacionais de várias regiões.Feito na parceria entre autores e sabichões de faculdade,que se ocupam mais em ditar o que é bom ou não para se ler(hq's nacionais são obras de gênios oprimidos pelo sistema e os americanos são "lixo mainstream" feito em linhas de montagem)do que ler e gostar de verdade de quadrinhos.

Apoiado pelo:Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade e São Paulo e pelo Observatório de Histórias em Quadrinhos da ECA-USP.Troque todos esses nomes longos e siglas bestas por;"Departamento de Cagação de Regras Intrometido em Assuntos nos quais não foi Chamado" e você terá uma noção melhor de como isso funciona.

Ainda é dito no site da editora que se trata de um trabalho de pós-doutorado.Não sei quanto aos demais leitores,mas eu detestaria ouvir uma palestra ou ler um trabalho de faculdade chato sobre quadrinhos.Pra quê se é melhor ocupar o tempo LENDO quadrinhos?Sem falar no fato de que,quando os quadrinhos estão sendo avaliados por um "observatório de histórias em quadrinhos" já dá pra ter uma boa noção de que tipo de gente deprimente está por trás disso.

O texto da edição afirma que a produção de quadrinhos no país sempre foi possível graças ao "esforço e idealismo dos artistas".Isso explica porque os quadrinhos brasileiros sempre foram,em sua maioria,um monte de merda.Se tivessem substituído o esforço e idealismo por noções básicas de administração,marketing e logística,pra variar,teriam tido sucesso!

Quadrinhistas no Brasil pensam que podem trocar cultura de leitura e estudos por senso de humor forçado.Competência por auto-piedade.Trabalho pesado por "carona" em dinheiro público através do governo.Quantas vezes você já viu uma revista nordestina com alguma história imbecil sobre cangaceiros e o sertão sofrido?O regionalismo é uma doença nos quadrinhos!

O texto segue pelo coitadismo reclamando da pouca condição das hq's de regiões mais pobres em comparação com estados do sudeste.Esqueceram de por uma música de violino enquanto se lê o texto da editora...São tão tacanhos e atrasados que ainda põem a culpa da "concorrência desleal" nos quadrinhos da Disney!Quem lê quadrinhos da Disney em massa no Brasil?Vocês estão uns vinte anos atrasados suas antas!E é claro,aproveitam para pisotear mais uma vez os quadrinhos da DC e Marvel.
Mas copiam as mesmas Marvel e DC o tempo inteiro.

Sempre enaltecendo o atraso burro,falam da valorização dos quadrinhos Paraibanos(os próprios paraibanos não leem essa merda!)que todos sabemos é completamente invisível ao mercado nacional.A questão econômica é posta em pauta quando dito que é preciso entender a situação das "regiões economicamente vulneráveis " do país.

Se é assim os autores já tem uma desculpa perfeita para explicar porque seus quadrinhos horríveis não vendem em lugar nenhum,é culpa da economia!O pior de tudo são as queixas cínicas sobre a falta de in$entivo do governo.Quer dizer que essa turminha acha aceitável pagarmos para que eles lancem esses papéis higiênicos usados nas bancas?

Aos leitores que ainda tem saúde mental intacta;fiquem bem longe desse excremento covarde e auto-piedoso.Pelo seu próprio bem!

American Flagg!:formato 17x26cm,392 páginas,capa dura e preço de R$99,90.


Não posso negar uma ansiedade em relação ao lançamento desse revista aqui no Brasil,ainda mais em encadernações.American Flagg! é uma das últimas revistas que faltavam ser trazidas às bancas e livrarias,para compensar o atraso de mais de uma década e corrigir uma falha na bibliografia das editoras.

Reuben Flagg é um mercenário que percorrerá uma américa decadente e sem valores para restaurar a confiança do povo nos EUA.Acompanhado de sua amante e um gato,Flagg nos mostrará nesta edição como se faziam histórias corajosas de verdade em contraste aos quadrinhos certinhos e didáticos de hoje!

Façam um sacrifício(não-irresponsável)para adquirir esses volumes da série de Howard Chaykin e saibam como os quadrinhos dos anos oitenta eram abençoadamente livres da censura covarde das revistas da Marvel e seu capitão américa chorão com crise de identidade.Aproveite!

Stormwatch nº4:formato 17x26cm,172 páginas e preço de R$22,90.


Stormwatch entra numa fase cada vez mais próxima de se tornar o Authority.Warren Ellis apresenta uma equipe de super-heróis interventores,que atuam em conflitos no exterior e na própria política dos EUA.Ellis tem ideias sobre esses temas com as quais eu definitivamente não concordo,mas o real motivo de acompanhar o título está nas tiradas engraçadas e no comportamento politicamente incorretos dos personagens.A partir dessa edição os desenhos de Brian Hitch serão constantes e ajudam a motivar a compra da revista.Depois daqueles desenhos ruins de Tom Raney fica mais fácil ler a série.

O Inescrito Apocalipse 2-A Jornada:formato 17x26cm,180 páginas e preço de R$22,90.


Posso afirmar que é triste ter que chegar ao fim de uma revista como O Inescrito.Fazia um bom tempo que eu não desejava que uma série continuasse com tanta vontade como fiz com essa!E pode por na conta sagas mais antigas como Ex-Machina ou Os invisíveis,nenhuma das duas me agradou tanto como a história de Mike Carey e Peter Gross.

O Inescrito não sofre dessa esperteza maliciosa e pose artificial de arrogância desses e de  outros títulos da vertigo.Sabe aquela sensação boa quando você sente satisfação só de ver o nome dos autores na capa da revista?

Não tenha dúvida que o que me atraiu nela foi o fato não padecer dos vícios comuns de várias outras hq's da linha vertigo como;tipos desonestos e sacanas,traições,violência mal-justificada,palavrões adolescentes e aquela postura badass de alguns dos "heróis" da linha.

Ao invés disso tive o prazer de ler tramas suaves e bem-fundamentadas,com personagens interessantes em ambientes que atravessavam contos de literatura.Nada do mal-estar pestilento que temos ao ler história como Escalpo ou mesmo fases de Hellblazer,onde boa parte dos escritores parece ter esquecido quem constantine é para transformá-lo num escroto criminoso.

O Inescrito vai fazer falta sim,tomara que algo como ela surja logo à frente para que eu não fique tanto tempo sem ler um material tão agradável como esse.Sem mais delongas;corra atrás dos volumes!

Patrulha do Destino-Rastejando dos Escombros:formato 17x26cm,196 páginas e preço de R$22,90.


A patrulha do Destino se encaixa perfeitamente no caso "é impossível de sair no Brasil",pois ela não faz parte dessa geração de quadrinhos atuais.Por se tratar de uma série antiga do início da segunda fase da invasão britanica e por ter sido feita no final da década de oitenta,a expectativa de que fosse lançada era baixíssima.

A Panini acertadamente resolveu publicá-la agora.

O começo da fase de Morrison gira em torno da reestruturação da equipe após alguns eventos que envolveram a morte de integrantes.Novos membros surgirão e as histórias contarão com elementos de surrealismo e metalinguagem típicos do autor.Mas no caso da patrulha,Morrison estava bem mais contido,escrevendo um roteiro coeso e com bem menos experimentações(que diga´se de passagem são o motivo para as histórias atuais dele estarem tão ruins e panfletárias)e quebras narrativas.

Assim como American Flagg!,a Patrulha do Destino é uma daquelas séries que foram escanteadas por um tempo inacreditavelmente longo,fruto mais da falta de planejamento e competência dos editores,do que por barreiras para sua publicação.

Promethea-Edição Definitiva-volume 1:formato 18,5x27,5cm,464 páginas e preço de R115,00.


Depois de ter uma tradicional publicação desastrosa e sofrer cancelamento(o destino comum de séries da vertigo no país)pela editora Pixel,a Panini resolveu lançar Promethea.Mas como é de costume a editora condenar algumas séries à elitização burra,ela põe a revista em livrarias e comic shops numa edição de luxo.

A revista de Alan Moore nem de longe está entre as melhores que o barbudo pé-no-saco escreveu.Não se justifica o luxo,a ansiedade e com certeza o preço!Não vejo a menor necessidade de comprar esse título,assim como não vi em comprar Demolidor-Revelado que foi publicada no mesmo formato caro,somente para sacanear o leitor depois de esperar muito pela "esplendorosa fase do Bendis no demolidor".Pura chantagem cara de pau!

Antes que eu me esqueça;a capa está uma bosta!Parece uma montagem barata da época da editora Abril.

Miracleman nº12:formato 17x26cm,52 páginas(boa parte delas de pura enrolação...)e preço detestável de R$7,50.


Neste número a filha de Miracleman está crescida e teremos então uma "família miracleman"!Talvez até um miracleção...O que importa é que essa nova fase abre diversas possibilidades para o herói,embora eu não imagine o que a cabeça dura de Alan Moore planeja para o futuro.(de uma história velha,é claro)

De resto deixo um aviso:não comprem esse título agora,esperem que a Panini lance os encadernados(caso eles não sejam de luxo,porque se forem não vai adiantar porra nenhuma esperar!)e esqueça dessa revistinha besta feita para trollar os leitores com extras imbecis.

Demolidor nº9:formato 17x26cm,146 páginas e preço de R$16,90.


Existe uma boa chance de eu me arrepender por não ter incluído esta revista entre as que compro regularmente.Levando em conta o custo geral para se manter um passa-tempo caro como hq's não é tão absurdo assim deixá-la de fora,mas o demolidor vem de uma longa fase de bons roteiristas e parece tentador ir atrás dos volumes antigos.Continuam as histórias de Mark Waid com Matt Murdock vivendo em São Francisco e combatendo ao lado de um ajudante.

Flash Gordon no Planeta Mongo:formato 28x25,3cm,capadura,208 páginas e preço de R$89,90.


A editora Pixel resolveu sair do ócio este mês e lançou uma coletânea do herói espacial.Os desenhos de Alex Raymond se tornaram lendários,o autor inseria um detalhismo em suas tiras que deveria fazer com que os artistas medíocres e hoje se sentissem envergonhados por se apoiarem em tantos efeitos e truques de computação.São histórias de pura ação e ficção científica como os quadrinhos de hoje deveriam ser e não são!

Editoras como a Pixel ou qualquer outra deveriam considerar lançar clássicos como esse da maneira mais acessível pois,mesmo eu,que separei um espaço aqui para falar dela não comprarei por causa do preço nada agradável de R$89,90.Como a Mythos,a Devir,a Nemo ou qualquer outra editora espera que esse material se torne conhecido?E não me venham com essa de "isso é para fans mais velhos e por isso fizemos uma tiragem pequena".

Imageria -O Nascimento das Histórias em Quadrinhos:formato 23x30cm,360 páginas e preço de R$149,90.

O Fabuloso Quadrinho Brasileiro de 2015:formato 19,5x25cm,304 páginas,capa dura e preço de R$97,00.

O Primeiro lançamento é uma coletânea de histórias editadas pelo próprio fundador da editora Veneta;Rogério de Campos.Retratam a história dos quadrinhos desde o século 17 até hoje.É uma boa ideia atualizar e ampliar a bibliografia histórica dos quadrinhos.Quem sabe dessa maneira os leitores de hq's aprendem algo além do que é dito em vlogs e blogs na internet.Mas eu desconfio que a veia "revolucionária" de rogério vai acabar por tornar o conteúdo do livro tendencioso.

Já o fabuloso quadrinho brasileiro é bem mais ambicioso,visa se tornar uma publicação anual para destacar os principais materiais nacionais a cada edição.Ainda acho que é preciso ter uma boa dose de boa vontade para enxergar toda essa qualidade deslumbrante nos quadrinhos nacionais.É verdade que estamos vivendo uma época prolífica,mas ainda temos quadrinhos em one shots,roteiros mal-acabados e excesso de bajulação na hora de avaliar a qualidade real que os revistas brasileiras tem.Me respondam;quando é que teremos um quadrinhos daqui com longa duração(que tal uma série de 60 números?)ao invés desses livretos curtos e com tramas pretensiosas?

Snowden-Um Herói de Nosso Tempo:formato18x13cm,224 páginas e preço de R$39,90


Biografia do fugitivo vigarista preferido de dez entre onze jornalistas brasileiros produzida pelo cartunista,jornalista(não diga!)e escritor Ted Rall.Conta a vida do ex-técnico da Agencia de Segurança dos Estados Unidos.Pra quem está mais preocupado em saber quem ganharia uma luta entre o super-homem e o hulk,ou qual será o próximo jutsu que naruto vai aprender eu dou uma breve explicação:

Snowden divulgou nos jornais The Guardian e The Washington Post documentos sobre a vigilância dos povo americano e de outros países pela na NSA(agência de segurança dos EUA)em que trabalhava.Isso gerou um estrondoso escândalo em todo o mundo e colocou o técnico como "herói " dentro da mídia marrom internacional.

Mesmo que Snowden tenha feito uma denúncia séria sobre coleta de informações de civis,o que foi feito não exclui o fato de que ele espionou e divulgou dados sem autorização.Isso constitui um crime contra a o povo americano e o transforma naquilo que seus defensores não querem acusá-lo;um traidor criminoso!O sujeito ainda teve a cara de pau de se exilar na Rússia!

Várias obras grosseiras e mentirosas já foram publicadas no Brasil defendendo figuras tão ou mais repulsivas como Snowden.Biografias de guerrilheiros assassinos,de Gabriel Garcia(canalha agraciado com o nobel de literatura e amigo de Fidel Castro)Zapata,Che Guevera(o garoto propaganda mais sanguinolento que você verá)o próprio crápula em pessoa Fidel Castro e tantos outros excrementos em forma de gente.

E como essa gentinha de maliciosa não acha que precisa saber desenhar,temos uma capa pavorosa com um Edward Snowden parecendo um babuíno retardado!Os leitores brasileiros devem fugir cada vez mais desse caldo de lixo doutrinador e ler exatamente aquilo que o satisfaz.

Nunca se sinta culpado por ler super-heróis.Essa gente estúpida e ciumenta vai fazer o possível para fazer com que você se sinta culpado por se divertir e falar que "quadrinhos 'estadunidenses' são lixo de linha de montagem".Vão querer fazer você ter vergonha de ler seus mangás preferidos para que os troque pelas suas porcarias mal-desenhadas e cheias de sermões escrotos!

O entretenimento puro e simples não é superficial,pois serve ao propósito claro de passar cultura e divertir!Deixe que esses lambe-botas de "revolucionários" publiquem sua bosta tosca e rabugenta e divirta-se lendo o que você tem liberdade para ler!

Obrigado pela atenção e até o próximo mês!!!

Fontes:UniversoHQ,Guia dos Quadrinhos,Panini Comics e wikipédia.

sábado, 21 de novembro de 2015

SALVAT ANUNCIA EXPANSÃO DA COLEÇÃO DE GRAPHIC NOVELS MARVEL



Por:Hds.

até agora essa foi a única imagem de divulgação liberada.
Próximo ao final da publicação de sua famosa coleção de encadernados,a editora Salvat anuncia agora a tão comentada expansão de mais 60 títulos.A coleção de Graphic Novels da Marvel fez um barulho gigantesco no mercado nacional.Muitos leitores ficaram divididos,falou-se até em uma rivalidade entre as duas editoras(a Panini e a Salvat atravessavam o caminho uma da outra lançando revistas nas bancas e livrarias,apesar da Panini negar dizendo que as duas são parceiras de vendas).

A coleção começou custando R$9,90.O segundo volume R$19,90 e do terceiro em diante variando de R$29,90 à R$34,90.Para alguns leitores ela foi proveitosa,pois se mostrou uma boa chance de ler materiais antigos fora de catálogo da Panini.Para outros leitores mais estrategistas não fez tanta diferença,já que em alguns casos compensava mais comprar os volumes de luxo da Panini(mais completos e mais bem acabados).

A tal expansão começará com Vingadores Primordiais e seguirá trazendo histórias antigas do período Stan e Kirby nos anos 60 e arcos mais recentes.É preciso,de certa forma,apoiar a iniciativa da Salvat.Quanto mais editoras atuarem nas bancas,livrarias e comic shops,mais concorrência e variedade teremos. Que venham sempre mais opções baratas e acessíveis como essas!

Escolha seus volumes com cuidado(estamos em tempos de falta de dinheiro!),mande a especulação de sites de vendas oportunistas e mercenários para o inferno e boa leitura!

Nota:confira a lista de encadernados na página "The Official Marvel Graphic Novels Collection" na Wikipedia. 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

AMERICAN FLAGG! PELA MYTHOS



Por:Hds.



"Que espécie de herói sobreviverá à corrupção do século XXI?"

A frase na capa da primeira edição de American Flagg! publicada na década de 80 pela editora Cedibra pode não ser a tradução fiel,mas evoca o caráter profético da obra de Howard Chaykin perfeitamente.

A editora carioca foi a primeira a trazer o herói para o Brasil em edições mensais de 36 páginas,que duraram apenas quatro números(de outubro de 1987 a janeiro de 1988).Posteriormente foi relançada pela editora Abril(mensal,36 páginas e novamente cancelada!)até o número 6.A Abril,que costuma ser lembrada com carinho pelos leitores mais velhos,fez mais besteiras que a Cedibra,que dentro do mercado de quadrinhos sempre foi de menor importância nas bancas.Os números 1 a 5 saíram na ordem mensal(de dezembro de 1990 a abril de 1991).Mas o sexta edição só saiu 13 MESES depois do 5º número!A editora ainda lançou a revista na linha Graphic Album com 100 páginas e depois disso mais nada.


Agora,depois de "somente" 24 ANINHOS de espera,American Flagg! vai ser finalmente encadernada pela luxuosa editora Mythos.É inacreditável como uma revista tão citada e elogiada ficou tanto tempo sendo escanteada pela grandes como;Abril,Globo,Conrad,Panini e etc.Qual teria sido o motivo para essa negligência grotesca?O autor não liberou os direitos?Proibição por censura?Eu aposto que não teve nada a ver com nada disso.Foi incompetência pura mesmo!

A edição da Mythos trará os primeiros 12 números e conta a aventura de Reuben Flagg;um ranger que sobrevive numa america totalmente decadente e dominada por complexos corporativos.Flagg vai enfrentar personagens pitorescos em ambientes dos mais variados e tentar recuperar a antiga confiança nos valores americanos.Howard Chaykin coloca o personagem em histórias recheadas de política,crítica aos costumes,erotismo e antecipações futurísticas,no mínimo, curiosas.

American Flagg! Edição Definitiva já está à venda a partir deste mês com 392 páginas,formato 17x26cm e preço de R$99,00.

Quem conhece o blog deve saber que normalmente critico a Mythos pelos preços absurdos que ela cobra em seus volumes,mas neste caso o preço de American Flagg! está relativamente compatível com a situação do mercado de hq's nos dias de hoje.Num período como aquele da década de 80 ou mesmo 90(com crise econômica e inflação que faria os dados econômicos atuais parecerem um conto de fadas!)não seria possível lançar uma obra desse calibre.

Mesmo em épocas de elitização dos quadrinhos no brasil(que começou no início dos anos 2000 e hoje se encontra aceita pelo público em geral)a revista está dentro dos padrões que os "leitores ostentação" normalmente suplicam para que as editoras publiquem,é só se lembrar que Demolidor Revelado saiu por R$92,00 e tinha 40 páginas a menos.

Ameriacn Flagg! é uma daquelas histórias que faltavam ser "justiçadas" aqui no brasil.Uma obra tão importante que influenciou Frank Miller entre vários outros autores nos anos 80,quando nem se pensava em trazer temas adultos da forma como foi trazido nela.

A série inteira tem um total de 50 edições e durou de outubro de 1983 a março de 1988,então tomara que essa edição consiga vingar para que os outros volumes prossigam sendo lançados.É até estranho eu ter que dizer isso,mas vamos torcer para que a publicação da Mythos dê certo e seja concluída finalmente.







quarta-feira, 18 de novembro de 2015

DEVIR LANÇA MAIS ENCADERNADOS DE LIGA EXTRAORDINÁRIA E SAGA



Por:Hds.




Mesmo antigamente quando não havia internet e o mundo do entretenimento não contava com toda essa superexposição,eu sempre pensei que o pior problema dos veículos que cobriam quadrinhos no Brasil não podia ser outro,se não a falta de senso crítico.

É comum que profissionais do ramo editorial circulem por diversas editoras.Afinal de contas o mercado é pequeno e se você quer sobreviver nele terá que fazer o máximo de "amizades" que conseguir.

Isso acaba criando as viciosas "panelinhas" dentro das redações.Existem vários sites feitos por ex-redatores das editoras Abril,Globo,Conrad e por aí vai.Muitos dessas pessoas tem amigos dentro das editoras.Sendo assim,na grande maioria das vezes que esse povo vai fazer uma resenha ou notícia de lançamento,acabam fazendo vista grossa para todas as atrocidades que seus "amiguinhos" de redação cometem.

E um desses casos está justamente aqui:a letárgica e dispendiosa editora Devir.

Eu não me canso de dizer que é sempre uma tragédia ver que um título bom vai ser lançado pela Devir.Pois as chances de ele ser totalmente prejudicado são grandes.

A Liga Extraordinária vem sendo lançada pela Devir desde 2003,e de lá pra cá já se foram 12 anos.É preciso dizer que tivesse sido feita no padrão da Panini teria avançado muito mais rápido?


Saga teve seu primeiro volume lançado em novembro de 2014.Isto é,há um ano atrás.Por que tanta demora?E principalmente,por que esse preço abusivo na capa?(R$65,00 por sete histórias de 24 páginas no primeiro volume)

Muita gente ainda deve se lembrar de Grandes Clássicos DC nº9,encadernação lançada em 2006 pela Panini.A revista reunia várias histórias de Alan Moore escritas durante seu período na DC,tinha 304 páginas e custava R$36,90.O encadernado 30 Dias de Noite,de Steve Niles,publicado pela Devir no mesmo ano custou R$35,00.E olhem que ele só tinha 148 páginas(156 páginas à menos!)

A completa ausência de opiniões contrárias às práticas de algumas editoras no Brasil tornam impossível a avaliação das mesmas.Dinheiro é sempre um assunto sagrado para as editoras no país e quem tocar nele corre o risco de perder amizades.

Não se fala em qualidade de impressão,acabamento,páginas escaneadas,traduções imbecis,manobras para dividir em vários números uma edição que deveria ser lançada num só volume,atrasos,lentidão,falta de compromisso na conclusão dos títulos(alguém aí lembra da Conrad?)e o pior de tudo;os preços.Que da década passada pra cá foram elevados à patamares exorbitantes!

A Devir poderia reverter toda sua fama pregressa de barbeiragens,mas isso eu acho difícil de acontecer.Afinal,ela não demonstrou intenção nenhuma de corrigir seus problemas nos quadrinhos que vem lançando até hoje.

Com o surgimento de mais editoras publicando Marvel,DC,Image e Dark Horse,aumentando as opções dos leitores,quem vai escolher comprar pela Devir?

Se você tem algum título nos planos de compra e descobriu que ele sairá pela Devir,só posso lamentar por você,meus pêsames.






































sexta-feira, 13 de novembro de 2015

OS LEITORES DE MANGÁS DA JBC NÃO DEVEM ENGOLIR O REPASSE DE PREJUÍZO DO MERCADO



Por:Hds.

Quando comecei a frequentar a internet com regularidade há quase dez anos atras,tive contato com sites e blogs de leitores.Neles eu fiquei sabendo(não sem algum espanto)da mudança de postura  gritante dos leitores de quadrinhos no Brasil.

Havia toda uma nova geração que opinava em redes sociais(msn e orkut,alguém ainda deve se lembrar...)e faziam o seu próprio conteúdo relacionado aos quadrinhos.Não era mais possível para as editoras ignorar as queixas dos leitores jogando suas cartas na lata do lixo.Nem fingir que poderiam lançar revistas cortadas e modificadas em formatinho minúsculo,sem que alguém pudesse comparar com os originais americanos(ou de qualquer outro lugar do mundo)com aqueles arremedos de publicação.

A primeira coisa que pensei na época foi;"como esses moleques tem sorte de poder esfregar na cara das editoras as cagadas que elas fazem!".Aquilo me deixou orgulhoso.Saber que pessoas que estavam começando a comprar quadrinhos haviam desenvolvido uma visão mais clara de como as editoras,às vezes,aprontam palhaçadas com os consumidores nesse mercado.

Já faz um tempo,o editor de conteúdo da editora JBC,Cassius Medauar,postou um vídeo no canal da editora esclarecendo o porquê das mudanças de papel nos mangás da sua linha.


No vlog,Cassius falou sobre as dificuldades que as editoras tem atualmente para por as edições em bancas com a crise econômica e a escassez de papel de qualidade.Também lembrou que alguns mangás da editora estão saindo com papéis transparentes e baixa qualidade(depois de ser forçado pelas reclamações dos leitores,é claro...).

O blog "Mais de Oito Mil"(recomendo)fez alguns posts a respeito e expôs a situação precária de títulos como Orange;


A leitora Anna Guzzo postou um comentário na página da editora reclamando e a resposta foi:"desculpe Anna,mas não concordamos com você nessa".E qual seria a afirmação com a qual a editora deveria concordar?Aquela em que o leitor puxa o saco dela e fica calado pagando o preço?

Como dito pela Mara, a autora do blog,a JBC é bastante empenhada em responder aos leitores e se comunicar(algo que as outras editoras tiveram que copiar,para não parecerem tão arrogantes como sabemos que elas verdadeiramente são!).Mas os esclarecimentos do editor de conteúdo da JBC não servirão de nada se o leitor continuar a levar o prejuízo na cara!

Cassius fala também das outras editoras que citaram os mesmos problemas em seus mangás.É certo que estamos num momento realmente miserável no país,mas como empresas que todas essas editoras são,elas devem enfrentar-los como for possível,sem transferir os problemas delas para os leitores.

Ninguém aqui é criança para não entender que se as coisas estão ruins na economia,tudo vai sofrer aumentos.O que quero deixar explícito é que as editoras não devem repassar esse aumento para o leitor.O único mangá que estou comprando agora é Vinland Saga e até agora,felizmente,não fizeram nenhuma alteração no papel,que não é de má qualidade para um tipo como o "jornal".

O problema é uma editora afirmar de maneira entusiasmada a publicação de um título,em papel off-set,e o papel ser uma porcaria transparente custando R$14,90 ou R$17,90.


Foto divulgada no blog Mais de Oito Mil.
Um conselho para os leitores de mangá no Brasil;não engulam essas mazelas!Se os consumidores fizerem isso as editoras não só deixarão as revistas como estão,e transformarão o repasse de custos(e consequentemente os prejuízos possíveis da editora)de algo que é feito para reduzir custos,em prática oficial!

Fontes:Mais de Oito Mil,Henshin Online e site oficial da JBC.








LEIA: ESCRAVA DA CONDESCENDÊNCIA MASCULINA


Por:Hds.

A princesa Leia ficaria entediada com as declarações de Carrie Fisher.


Agora a pouco li uma matéria no site Melhores do Mundo falando sobre a decisão da Disney de remover todo e qualquer conteúdo dos produtos de Star Wars contendo a imagem da Slave Leia. Pra quem não conhece a história a princesa Leia, na tentativa de resgatar Han Solo, acaba sendo capturada por Jabba e é feita de prisioneira. Leia fica acorrentada próximo à Jabba usando um biquíni que lembra algo como um traje típico de uma odalisca, dando a ideia de que poderia servir sexualmente ao monstro no filme.
Não tenho a noção exata de onde essa palhaçada começou, mas não é nem um pouco difícil imaginar que tipo de gente tenha iniciado esse alarde.

O texto do MDM,nomeado com o alarmista e tendencioso título de: "O Fim da Escravidão de Leia Organa!", mostra um trecho de J.Scott Campbell em seu facebook.

Scott comenta as declarações de Carrie Fisher (a atriz que fez Leia na trilogia original) numa entrevista,a atriz dá "conselhos" para Daisy Ridley (a nova protagonista da série) para que não se deixe explorar sexualizadamente nos filmes.




A piada já começa por aí.Scott Campbell foi um dos desenhistas da era Image Comics no começo da década de 90 e desenhava um das revistas mais acerebradas e apelativas da linha Homage de Jim Lee. Essa revista era Gen13, que contava a história de adolescentes super-poderosos. Nela a personagem Fairchild era representada como uma pin-up com pernas de dois metros e peitos que mais pareciam balões de festa.Tudo isso feito com a "honesta" intensão de atrair moleques pré-adolescentes.


Depois não reclame se seu filho levar a hq pro banheiro...

Quando foi exatamente que Scott Campbell se tornou tão preocupado com questões feministas? Eu tenho um palpite, deve ter sido quando ele percebeu que as duas grandes editoras americanas estão lotadas de editores medíocres com discursos engajados. Daí ele deve ter pensado: "se eu não entrar na modinha do politicamente-correto vou acabar me ferrando e perder oportunidades".

Outra pergunta pertinente é: quem a atriz Carrie Fisher acha que é para dar conselhos aos outros? Ela teria dito para Ridley "fugir do estereótipo de ser apenas um símbolo sexual, e se mostrar uma personagem que vai muito além de ficar mostrando seus atributos"

Em primeiro lugar Fisher trata Daisy Ridley como uma criança que precisa de palpites sobre a sua própria carreira. Ridley é adulta e somente ela deve escolher o que fazer ou não. Carrie Fisher ainda tenta usar o argumento furado de que ela mesma passou por isso durante as filmagens da trilogia, e dizendo, nas suas próprias palavras, para "Daisy não aceitar esse tipo de coisa, não ser "uma escrava" e lutar por suas roupas". As besteiras que a atriz afirmou fazem parte do típico discurso do estilo "curso relâmpago de feminismo auto-piedoso" que se tornou comum hoje em dia.

Segue uma tradução do MDM do texto de Scott no facebook:

"Daisy não vai precisar lutar contra nada, a Disney já está trabalhando para limpar a figura da Slave Leia de sua linha de produtos num futuro próximo. Vocês não verão mais qualquer representação disso."

Acreditem em mim, já ouvi isso de duas fontes diferentes, na Marvel não podemos mais nem desenhar Leia em alguma pose mais sexy e nem com pouca roupa. Também tivemos uma estátua 3D da personagem, que estava em desenvolvimento por uma grande empresa, cancelada recentemente".

Sério Scott Campbell? Eu posso ficar tranquilo sabendo que uma empresa mesquinha como a Disney (que me surpreende até hoje por ainda não ter posto drones para entrar pela janela da casa dos outros e colher moedas debaixo dos sofás de tão gananciosa!) está cuidando de livrar as pessoas do mundo todo do horror de ver a figura de uma personagem FICCIONAL em trajes curtos?

E por que ser tão comedido com a palavra "limpar"? Por que não aumentar o volume da neurose doentia e dizer que vamos "purificar" os  produtos derivados do filme? Assim todos vão saber os maníacos perseguidores que existem por trás de uma empresa como a Disney/Marvel.

É impressão minha ou esse sujeito tem algum problema mental? Campbell está realmente se gabando de ser reprimido e impedido de desenhar mulheres sensuais e comemorando o fato de uma linha de produtos ser cancelada por causa de um motivo cretino como esse? Alguém aí parou pra pensar na situação da empresa que fabrica os bonecos da personagem,no prejuízo que vão levar? 

Em seguida temos uma sequência de escarros,vômitos e demais excreções expelidas pelos redatores do MDM em forma de opinião. Primeiro eles usam o argumento mais batido e antigo, que até eu já pensei quando tinha (sem brincadeira) uns 12 ou 13 anos: a ideia de que existe machismo na indústria de entretenimento porquê ela é feita de homens.

Na década de 40, (leiam o texto na net: "Cronologia dos Comicbooks de 1930 até 1990") quando todo estilo de história em quadrinhos que surgia, seja de crime, guerra ou mistério fazia um sucesso estrondoso, houve um estilo que começou a vender horrores. Esse estilo era as histórias de romance para meninas e moças. O mais curioso nesse fato (pouca gente sabe disso) é que revistas para meninas chegaram a vender até mais do que para meninos! É isso mesmo, a indústria americana já chegou a produzir material em maior número para o público feminino!

E o que aconteceu depois disso? Mulheres começaram a despontar no mercado como roteiristas e desenhistas de talento? As editoras ao longo das décadas apresentaram mulheres capazes de lançar obras cultuadas, firmando assim, a presença delas nessa mídia pelo puro mérito e excelência de suas histórias? NÃO! As meninas que cresceram após aquele período simplesmente deram de ombros e foram trabalhar em áreas completamente diferentes!

O que eu quero fazer aqui é pisotear esse argumento barato de que "mulheres não trabalham nos quadrinhos por que não são aceitas". Tudo balela! Elas não trabalham por que não querem! Por que não tem o menor interesse!

E afinal de contas por que pessoas que não querem fazer parte de algo devem ganhar um lugar garantido num ambiente que nunca quiseram estar? Só pra se sentirem "representados"?

É como se fans de tênis, que detestassem qualquer outro esporte, exigissem que as pessoas fizessem silêncio num estádio de futebol somente para eles se sentirem confortáveis.

Pense em quantas vezes você teve que ouvir de sua namorada, esposa, pai, mãe, parentes ou de seus próprios amigos que você joga tempo fora com quadrinhos. E agora responda: alguns desses sermões poderia ter alguma razão vindo de quem não tem a capacidade sequer de entender o que está criticando?

Logo em seguida o redator usa explicações esfarrapadas sobre conceitos Juingianos (ele deve ter achado que soaria muito natural ler algo assim num blog de humor) e prossegue o desarranjo de ideias patéticas:"as Pinups, Femme Fatales, Lolitas, Bombshells, todas nasceram das cabeças de homens, e é perfeitamente compreensível que as mulheres não se sintam a vontade sendo encaixadas nesses estereótipos".

Outra ideia falsa e conveniente. A figura de Slave Leia é mesmo tão ofensiva assim para as mulheres? O argumente mais usado dentro dessa lógica deturpada, é o de que mulheres não deveriam mostrar sensualidade para agradar aos homens. Então é errado quando elas fazem isso exatamente por que querem agradar seus namorados ou maridos?

E se é pra expor a idiotice desses conceitos que tal falarmos de todas as CENTENAS de garotas espalhadas pelo mundo que vão em convenções de quadrinhos ou na Jedicon e fazem cosplay da Slave Leia por pura e simples diversão?




No parágrafo seguinte o redator ainda diz "compreender" o posicionamento de Carrie Fisher "ao não querer para si a pecha de simbolo sexual". E completa que a atriz não deveria querer se sentir diminuída sendo lembrada "SÓ por ter usado um biquíni num filme".

Outra asneira. No filme, Leia já se mostra uma mulher corajosa (ela foi sozinha para a nave de Jabba para resgatar a "princesinha Han Solo" congelado em carbonite, e não o contrário seus idiotas!), pois logo depois de saber da invasão de Luke, ela se vinga de Jabba ESTRANGULANDO-O COM UMA CORRENTE DE AÇO!!! Uma criatura forte que deveria pesar no mínimo uma tonelada! Me avisem se estiver errado, mas se isso não é ser "decidida" ou "forte" eu não sei mais o que diabo pode ser!

Em primeiro lugar se a atriz se sentia tão incomodada por que veio reclamar disso somente agora (ou talvez ela já venha fazendo isso há um bom tempo) e não quando assinou contrato para fazer os filmes? Teria sido uma atitude feminista e tanto, não senhora Fisher? Negar o papel e continuar no anonimato pelo resto da vida. Mas como ela não era burra aceitou filmar, e não só isso, tirou fotos para revistas na época e apareceu em ensaios para promover sua personagem.




Dentro do contexto da discussão sobre uma "ofensa" como a imagem de Leia nos filmes, parece algo fora do normal posar para fotos. Mas se "limparmos" (termo usado acima por Scott Campbell) a histeria cínica dessas notícias, o que sobra é uma coisa completamente corriqueira. Modelos vestem roupas curtas todos os dias em passarelas pelo mundo e nem por isso você vai conseguir fazer a Gisele Bündchen desistir dos cachês milionários que ela recebe.

Ao contrário do que foi dito na notícia George lucas, o estúdio e demais protutores e roteiristas da saga não foram desonestos com ninguém. Seria pura perda de tempo perguntar a alguém que acredite nessa falácia a razão de O Retorno de Jedi ter mais de 30 ANOS e as pessoas reclamarem somente agora (quando os meios de comunicação estão impregnados de militantes do politicamente correto).

Só me resta deixar claro a minha completa decepção pelo site Melhores do Mundo. Conheci o site por indicação do blog "Supercaixa de Gibis" e me diverti muito revendo filmes na "locadora do falecido". Lendo textos engraçados e cheios de gifs e videos que davam um tom de humor único.

Hoje o MDM virou um papagaio de sermões chatos e panfletários. Um amplificador dessa tendência doentia de controle higiênico da internet. O pior de tudo é ver a tentativa covarde de manter as aparências fazendo uma doutrinação desonesta disfarçada de comédia. Na abertura do texto temos uma foto com homens vestidos de princesa leia (na cabeça desses caras os homens devem pedir desculpas por gostar da imagem de Leia). E que maneira mais eficaz de demonstrar o desespero em se desculpar do que se humilhar vestindo-se de mulher? Se você é homem e quer ir a um evento vestido de personagens femininos, pode fazer isso por diversão (ou mesmo levando à sério...), mas nunca para agradar a uma turba de mulheres birrentas e encruadas.


Exemplos de imbecis preocupados com feministas.


De resto, só posso deixar uma imagem de Carrie Fisher do tempo em que ela não era tão paranoica e ainda demonstrava algum senso de humor.


 
Notícia nos jornais de amanhã:"Chewbacca processado por assédio sexual".

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A ARTE EM... METAL SLUG


Por:Hds.



Pretendo fazer destes textos sobre ilustradores uma espécie de série,mas sem nenhuma pressão ou prazo.Textos como esse me dão uma satisfação gigante em publicar no blog e vou continuar com eles sempre que surgir um bom artista como tema.

Como o título acima entrega,falarei sobre a equipe de artistas que trabalharam na popular saga de jogos "run n' gun" da Nazca Corporation;Metal Slug.Você leu certo;equipe.Pois é um tanto difícil determinar exatamente quem são as pessoas que desenharam as arte conceituais da série,sendo que antigamente várias empresas de jogos japonesas não permitiam que seus funcionários levassem crédito pelos seus próprios trabalhos.Algo como visto nos créditos do jogo Castlevania da Konami e uma prática bastante comum(infelizmente)em jogos do NES e SNES na década de 80 e 90.

O primeiro jogo Metal Slug contou com a participação de artistas e programadores na época pertencentes ao quadro de designers da Nazca citados pelos pseudônimos (ou nomes)de;Akio,Susumu,Kazuma Kujo,Max.D,Tomohiro,T.Okui.É difícil determinar quem exatamente fazia a arte conceitual entre eles,mas acredito que seja um dos três primeiros citados,o verdadeiro designer da série.Existe um mistério por traz da autoria do design e outros trabalhos assinados por esses desenvolvedores,já que os mesmos se recusam a dizer quem fez o quê ou dar os nomes reais de quem trabalhou no jogo.Vai entender...

Não posso fazer muita coisa para trazer uma biografia detalhada do autor neste post, mas vou tentar ao menos mostrar o significado das artes através de minhas impressões pessoais.



Quando ainda era adolescente,eu comecei a frequentar um fliperama perto da escola em que estudava para matar algum tempo antes das aulas.Era um época excelente em que você chegava numa casa e jogos e encontrava joias como;The King of Fighters,Street Fighter Alpha(Zero),Zed Blade(jogo de nave da melhor qualidade),Fatal Fury,Cadillacs and Dinosaurs,Samurai Showdown,Alien vs Predator(bem antes dos filmes),Marvel vs Capcom,Shock Troopers e muitos outros memoráveis.

Foi numa dessas idas que percebi um jogo barulhento,agitado e caricato;o Super Vehicle 001-Metal Slug.



De entrada,a abertura do jogo mostrava um tanque avançando no escuro e disparando uma bala com uma animação em 2d perfeita.Logo que começava a partida,era fácil perceber que se tratava de um jogo com visual inigualável.Detalhismo impressionante em cenários desenhados artisticamente.Um trabalho gráfico que conferia ao jogo uma textura densa com camadas de sprites bem modelados.E mesmo seguindo uma linha cartoon,Metal Slug possuía uma ambientação que situava o jogador de forma aprofundada.

Antes de Metal Slug os designers da Nazca já haviam feito trabalhos parecidos,mas foi nele que os caras se superaram.

O design de fases progridem de maneira a variar entre ambientes de selva,cidades destruídas pela guerra e tomadas pelo exército rebelde(com bandeiras parodiando a suástica nazista),portos cercados por barcos inimigos,uma fábrica de guerra,florestas geladas,montanhas e mares.



As cidades e ruas tinham um tom marrom e cinza que retratavam bem o clima depressivo parecido com o das cidades europeias atacadas durante 2º Guerra Mundial.Prédios e carros que se destruíam com uma gama de detalhes absurdos dando a impressão de ver uma pintura cartunizada em movimento.



As ilustrações de Metal slug,na minha opinião,são a alma do jogo.É só pensar que jogos de tiro/plataforma existiam aos montes na década de 90,mas com qualidade e perfeccionismo nesse nível não havia nenhum.

Os personagens no jogo não são visualmente artísticos.São feitos para funcionar como figuras cômicas e caricatas,embora a série tenha uma lista de inimigos ótimos e graficamente interessantes.






De todos os tipos de objetos,cenários e figuras que compõem o universo do jogo,definitivamente,o que me agrada mais é o artwork dos tanques e chefes de fase que são simplesmente brilhantes.




Deve haver um termo para isso,mas eu sempre gostei de designers de veículos miniaturizados(estilo SD-super-deformed).Algo não tão frequente no meio artístico,mas com expoentes conhecidos como o mangaká Akira Toriyama.
Ou nos desenhos de maquinas de Katsuhiro Otomo(em proporções normais).


A verdade é que sem a capacidade de transportar a atmosfera de terror e ficção dos designs para o próprio jogo Metal Slug jamais teria sido o que foi;um exemplo de trabalho dedicado e competência em animação 2d dignos de respeito.Meus mais sinceros parabéns aos seus responsáveis,por toda a diversão que me ofereceram.Sejam eles quem forem...