terça-feira, 28 de julho de 2015

CHECKLIST COMENTADO: JULHO DE 2015


Por:Hds.


Vingadores vs X-men vs Quarteto Fantástico:252 páginas em papel LWC,capa cartão e "preço não divulgado"(roteiros de Chris Claremont,Roger Stern e Ton DeFalco e desenhos de Marc Silvestri e Jon Bogdanove)


Eu não acredito que alguém ainda seja inocente ao ponto de pensar que não exista uma estratégia de mercado por parte da editora panini.Mas a verdade é que ela é ruim e não faz o menor sentido!A primeira vez que foi publicada,essa história saiu na Épicos Marvel nº1 e nº2 pela editora abril,provavelmente com alguma alteração(diálogos reescritos,corte de páginas ou os famosos "retoques abril"),além do detestável formatinho,que de entrada estragava qualquer chance de ver bem representada qualquer saga importante.E não esqueçamos os atrasos deprimentes de até quatro anos em relação à edição americana!Mas agora teremos uma compilação com as duas séries.

A Panini desde o início de sua atividade vem corrigindo boa parte das barbeiragens que a Abril fazia nas décadas de 80 e 90,Republicando sagas em formato original em encadernações de maneira bem viável ao bolso e o gosto dos leitores.

A estranheza fica por conta do fato de haver títulos bem mais urgentes na fila de publicações que mereciam mais atenção.Mas vamos levar em consideração que tanto o filme dos Vingadores(ainda nos cinemas atraindo cachoeiras de dinheiro para a Marvel) quanto o inevitável filme do Quarteto Fantástico tenham influenciado na decisão de publicá-la agora.Detalhe,as duas séries foram lançadas separadas antes, e agora finalmente sairão juntas.

Demolidor-Revelado:352 páginas,formato 17 x 26cm e preço de R$92,00.(roteiro de Brian Michael Bendis e desenhos de Alex Maleev,Terry Dodson e Manuel Gutierrez)


Se você gosta do demolidor ou mais especificamente da fase de brian bendis e maleev(publicada anteriormente na Hulk & Demolidor e Demolidor)do início da década passada,já deve ter se perguntado,pelo menos umas 380 mil vezes, por que demônios a Panini não havia lançado esse material ainda.

Não tive a oportunidade de ler sequer um capítulo dessa fase,mas ela costuma ser sempre bem elogiada e comentada com expectativa por quem já leu.Não é no mínimo irritante que a editora tenha segurado sua vinda por tanto tempo,sendo que daquela época pra cá,ela vem pondo nas bancas revistas obscuras,menos importantes ou atropelando fases dentro do seu insondável(e estúpido)cronograma anual?

Agora poderemos conferir a saga desde que,é claro,estejamos dispostos a pagar o escabroso preço de R$92,00 Reais pelo primeiro volume da série.Sei que muita gente vai discordar(principalmente quem vive nos estados onde o poder aquisitivo é maior),mas pagar este preço numa edição luxuosa na atual situação de merda da economia,é completamente inviável.

Marvel Deluxe Capitão América a flecha do tempo:324 páginas,formato 17x26cm e preço(salgado)de R$84,00.(roteiro de  Ed Brubaker e Desenhos de Luciano Queiróz,Jackson Guice e Steven Epting)


O mesmo pode ser dito aqui da encadernação do demolidor.A diferença fica pelo fato dos volumes do capitão terem começado a sair bem mais cedo(o primeiro veio em 11 de julho de 2011).Eu gosto bastante dos roteiros de Ed Brubaker que dão uma visão mais urbana e claustrofóbica aos vigilantes e deixa o show de luzes dos outros heróis da Marvel um pouco mais de lado.

Os Invisíveis vol. 5 Conte até zero:236páginas,papel LWC(capa cartão),e preço(ainda bem)de R$25,90.(roteiro de Grant Morrison e desenhos de Phil Jimenez,John Stokes,Chris Weston,Michael Lark e Phillip Bond)


Prossegue a saga maluca,confusa e culturalmente contestativa de Grant Morrison.É sempre bom lembrar que esta série virou um tipo de lenda da “revista que nunca veria a luz do dia”,e eu ainda lembro de torcer para que a Panini não fizesse a besteira de lançá-la num formato elitizado.Pois é claro,isso estragaria tudo.Alguns leitores ainda preferem pagar barato dona Panini!Ao passo que anda o intervalo de edições logo veremos ela acabar sem demais turbulências.

Multiverso DC nº2:148 páginas,papel couché e preço de R$16,20.9roteiro de Grant Morrison,Daniel H. Wilson,Mike Johnson e Margarite Bennet.Desenhos de Ivan Reis,Chris Sprouse e Danny Miki)

Este é o projeto dos sonhos de Grant Morrison.Aqui ele poderá fazer toda macarronada espaço-temporal que vai te deixar sem entender nada,mas abismado com toda uma enxurrada de referências aos quadrinhos de super-heróis.E o pior de tudo,com carta branca para zonear ainda mais a cronologia(já totalmente zoneada)do Universo DC.A panini só pra variar resolveu enxertar histórias que não foram escritas por morrison nestas edições pra fazer a "alegria" do leitor.

Stormwatch vol. 3:156 páginas e preço de R$22,90(roteiro de Warren Ellis e desenhos de Tom Raney e Brian Hitch)


Deixei que os dois primeiros volumes dessa série passassem em branco na minha preferência por volumes.Mas é importante citar que ela precede um dos melhores quadrinhos publicados na década anterior:The Authority.Eu realmente não consigo mais engolir o clima e os desenhos à la anos 90 e as sangue-sugas do estilo(completamente enjoado)de Jim Lee.Aguardemos pelo proximo arco de histórias que trará finalmente as melhores sequências.


Miracleman nº8:52 páginas,papel off-set e preço de R$7,50(roteiros de Alan Moore e desenhos de Alan Davis.




Mesmo tendo aceitado comprar esta revista pelo custo-benefício que a editora Panini ofereceu,ainda não me desce pela garganta a ideia de pagar R$7,50 numa edição com histórias curtas e liberadas à conta-gotas.



A verdade é que a Panini aprontou uma bela vigarice com os leitores publicando Miracleman em papel cartonado com um monte de material extra só pra encher linguiça e jogar o preço da edição lá pra cima.Recentemente Levi Trindade disse num video da Iniciativa Hq no YouTube que a própria Marvel teria ocasionado essa situação.Eu duvido que ainda assim a editora não pudesse ter lançado o título somente com as histórias que realmente importam para que fosse reduzido o preço de capa.



O pior de tudo é ter que ouvir os leitores que estão comprando as edições dizendo que será excelente quando elas forem lançadas numa encadernação de luxo.Essa gente já parou pra pensar que no mínimo já pagaram em média R$53,20 em sete histórias,sendo que,se o padrão de publicação delas fossem igual ao de uma série como Novos X-Men o custo sairia por no máximo R$25,90?É,só nos resta agora bancarmos os idiotas e esperar que a conclusão da saga venha logo.Até o mês de agosto!








quinta-feira, 16 de julho de 2015

O QUE ESPERAR DE... PREACHER: A SÉRIE DE TV

O que esperar de... Preacher: a série de tv


Por:Hds.



Já sabemos que o quadrinho Preacher de Garth Ennis e Steve Dillon será adaptado para uma série e que o canal AMC (de Breaking Bad e Walking Dead ) o bancará sob a produção e direção de Seth Rogen, San Catlin e Evan Goldberg. A notícia foi dada em fevereiro deste ano e vinha sendo acompanhada, como de costume, após o anúncio da Warner de que traria várias produções relacionadas ao universo DC ainda em 2013.

Agora penso que é importante analisar quais são as chances dessa serie vingar, dado o histórico da Warner em produções televisivas. Apesar de Smallville ter sido cultuada ao longo de suas dez temporadas (mas não durante todas elas) a atração do canal WB teve diversos problemas e mudanças forçadas de rumo, além de um incômodo excesso de fan service, deixando as “aventuras do superboy” lentas, enjoadas e difíceis de se acompanhar.

Sendo um leitor de quadrinhos ou consumidor dos produtos derivados dos títulos da DC, você talvez deva saber que a Warner tem uma mania irritante de insistir em ideias, quando elas se mostram rentáveis. Ao ponto de transformar uma série ou filme numa fórmula tão batida que faria até Akira Toriyama ficar envergonhado com tanta repetição.

As animações seguem o mesmíssimo padrão do Batman do início dos anos 90, as séries mudam de estilo de forma brusca durante as temporadas e carregam nos easter eggs. E eu nem preciso falar sobre a “visão Nolan” que os filmes estão tendo atualmente.

É impressionante a cegueira com que boa parte das pessoas aceitam  uma notícia de quadrinhos ou qualquer outra mídia sem procurar prestar atenção nas ideias e nas pessoas envolvidas na produção daquilo. O  que eu vejo o tempo todo é um espetáculo de empolgação impulsiva que, muitas vezes, deixa claro a memória curta que fãs de entretenimento geralmente possuem.

Some isso aos sites “especializados”, blogs, vlogs e redes sociais (a internet é o maior amplificador de propagandas gratuitas da face da terra) pouco interessados em opinião e temos uma avalanche de coisas ruins sendo apresentadas todos os meses.

Pode parecer covardia, mas vamos tomar o exemplo da recém-cancelada série de Constantine e pensar, se mesmo sendo feita em um canal que acolheu todo o sangue de Walking Dead e a escatologia  de Breaking Bad, que preacher  talvez dê errado. Em Constantine tivemos um protagonista fumante que não podia aparecer fumando, um clássico (e sempre dispensável) “tom mais leve” e eis fórmula para o total fracasso.

Será que vamos ver nessa versão toda os elementos adultos, cínicos e engraçados dos quadrinhos bem representados, sem manobras boçais de censura. Ou, de entrada, já devemos tomar como mal-sinal a agenda pateticamente forçada de minorias que os estúdios vêm adotando, empurrando goela abaixo uma atriz negra para fazer o papel da personagem tulipa, quando é óbvio que ela deveria ser mantida no original? E cuidado se você pensa em soltar piu em relação a isso ou pode acabar sendo tachado de racista pelos babacas da onda politicamente correta que infestou todos os meios de entretenimento.


Sinceramente, eu prefiro estar enganado sobre o futuro da serie de Jesse Custer. Os canais americanos parecem estar vivenciando sua era de ouro e com materiais como Game of Thrones e Demolidor sendo possíveis, o melhor é esperar e prestar bastante atenção.