segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

O QUE GRANT MORRISON PLANEJA PARA GREEN LANTERN?

Por: Hds.


No ano passado Grant Morrison anunciou que escreveria uma fase do Lanterna Verde com desenhos de Liam Sharp. O escritor disse que faria Hal Jordam como um policial que patrulha o setor do espaço pelo qual é responsável, lidando com todo tipo de desafios e que as histórias teriam um tom de "drama policial". Antes mesmo de voltar pra DC ele estava responsável pela revista Heavy Metal. Publicação conhecida no Brasil por ter tido uma versão nos anos 90.

Chegou no final do ano passado até a afirmar que já aprontou uma "2º temporada", dizendo estar cheio de ideias para o herói. Morrison não pretende usar muitos personagens próximos ao herói, concentrando a trama no trabalho como patrulheiro do setor.

Liam Sharp é um artista britânico bem sucedido que já trabalhou na revista 2000AD,  na Marvel, DC e até com o lendário Frank Frazetta. A primeira edição teve a arte dele e saiu em novembro nos EUA.

Arte bonita e detalhada de Liam Sharp

Recentemente é possível ver os desenhos espetaculares de Sharp na série Batman Metal. Admito que nunca reparei muito na arte dele, mas imagino que com um padrão como esse, ele deveria estar ilustrando a fase de Jason Aaron na nova revista do Conan em retorno à Marvel. O detalhismo e a atmosfera escura do traço combinariam perfeitamente.

Com Multiversity Grant Morrison chegou ao limite da experimentação na DC.



Desde a recepção com olhar torto que Crise Final recebeu, eu tenho a impressão que o autor estava cansado. Como é normal acontecer com escritores que já transitam há décadas entra as duas maiores editoras, Marvel e DC. Tanto é que após um dos últimos trabalhos na casa do Superman, Morrison resolveu aceitar o cargo de editor da Heavy Metal Magazine. Mesmo que não seja o caso, Morrison afirmou sobre a escolha do desenhista, que só aceitou escrever esse novo lanterna por que Liam Sharp iria participar. O que poderia indicar um desgaste que já vem de longa data com a política da DC que provocou diversas saídas da editora no período dos Novos 52.

O escocês é conhecido superficialmente pela fama de ser "fora da casinha" e por usar de elementos que vão desde física quântica até ocultismo. Apesar desses recursos nem sempre serem bem recebidos pelos leitores. Na minha opinião, as ideias do roteirista estavam cada vez mais estranhas e disfuncionais. Quase obscuras e tornavam as histórias dispensáveis.

Existe a chance de ele escrever uma série excelente e contribuir com a mitologia do policial esmeralda? Claro que sim. Morrison é talentoso e escreve histórias que valem ser guardadas quando quer. Mas como estamos falando de alguém que admite que escreve sem dar a mínima pra queixas de leitores de hq's, não é recomendável criar grandes esperanças. Resta aguardar.

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