O que esperar de... Preacher: a série de tv
Por:Hds.
Já sabemos que o quadrinho Preacher de Garth Ennis e Steve
Dillon será adaptado para uma série e que o canal AMC (de Breaking Bad e
Walking Dead ) o bancará sob a produção e direção de Seth Rogen, San Catlin e
Evan Goldberg. A notícia foi dada em fevereiro deste ano e vinha sendo
acompanhada, como de costume, após o anúncio da Warner de que traria várias
produções relacionadas ao universo DC ainda em 2013.
Agora penso que é importante analisar quais são as chances
dessa serie vingar, dado o histórico da Warner em produções televisivas. Apesar de Smallville ter sido cultuada ao longo de suas dez
temporadas (mas não durante todas elas) a atração do canal WB teve diversos
problemas e mudanças forçadas de rumo, além de um incômodo excesso de fan
service, deixando as “aventuras do superboy” lentas, enjoadas e difíceis de se
acompanhar.
Sendo um leitor de quadrinhos ou consumidor dos produtos
derivados dos títulos da DC, você talvez deva saber que a Warner tem uma mania
irritante de insistir em ideias, quando elas se mostram rentáveis. Ao ponto de
transformar uma série ou filme numa fórmula tão batida que faria até Akira
Toriyama ficar envergonhado com tanta repetição.
As animações seguem o mesmíssimo padrão do Batman do início
dos anos 90, as séries mudam de estilo de forma brusca durante as temporadas e
carregam nos easter eggs. E eu nem preciso falar sobre a “visão Nolan” que os
filmes estão tendo atualmente.
É impressionante a cegueira com que boa parte das pessoas
aceitam uma notícia de quadrinhos ou
qualquer outra mídia sem procurar prestar atenção nas ideias e nas pessoas
envolvidas na produção daquilo. O que eu
vejo o tempo todo é um espetáculo de empolgação impulsiva que, muitas vezes, deixa claro a memória curta que fãs de entretenimento geralmente possuem.
Some isso aos sites “especializados”, blogs, vlogs e redes
sociais (a internet é o maior amplificador de propagandas gratuitas da face da terra) pouco
interessados em opinião e temos uma avalanche de coisas ruins sendo
apresentadas todos os meses.
Pode parecer covardia, mas vamos tomar o exemplo da
recém-cancelada série de Constantine e pensar, se mesmo sendo feita em um canal
que acolheu todo o sangue de Walking Dead e a escatologia de Breaking Bad, que preacher talvez dê errado. Em Constantine tivemos um
protagonista fumante que não podia aparecer fumando, um clássico (e sempre
dispensável) “tom mais leve” e eis fórmula para o total fracasso.
Será que vamos ver nessa versão toda os elementos
adultos, cínicos e engraçados dos quadrinhos bem representados, sem manobras
boçais de censura. Ou, de entrada, já devemos tomar como mal-sinal a agenda
pateticamente forçada de minorias que os estúdios vêm adotando, empurrando
goela abaixo uma atriz negra para fazer o papel da personagem tulipa, quando é
óbvio que ela deveria ser mantida no original? E cuidado se você pensa em soltar
piu em relação a isso ou pode acabar sendo tachado de racista pelos babacas da
onda politicamente correta que infestou todos os meios de entretenimento.
Sinceramente, eu prefiro estar enganado sobre o futuro da serie
de Jesse Custer. Os canais americanos parecem estar vivenciando sua era de ouro
e com materiais como Game of Thrones e Demolidor sendo possíveis, o melhor é esperar e prestar
bastante atenção.
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